Desprezado pelo Ceará, para o qual havia sido emprestado, atleta nascido
em Bom Jardim não conseguiu se transferir para o Avaí de Santa Catarina nem
para o Náutico do Recife e continua sem jogar na Série B do Brasileirão. A
esperança é que agora o novo treinador possa chamá-lo de volta ao Palmeiras e voltar
a atuar pela Série A.
Tinga durante os treinos no clube cearense |
A chegada do novo técnico do
Palmeiras, Gilson Kleina (ex-Ponte Preta), que veio substituir Luiz Felipe
Scolari (Felipão) e tentar tirar o clube da zona do rebaixamento do Campeonato
Brasileiro, Série A, trouxe novas esperanças ao volante bom-jardinense Tinga,
que pertence ao Verdão, mas que havia sido emprestado ao Ceará, para onde foi
levado a fim de disputar a Série B pelo clube nordestino. No Ceará, entretanto,
Tinga atuou em algumas partidas, recebendo até algumas críticas favoráveis da
imprensa cearense, mas acabou preterido pelo técnico PC Gusmão, que não estava
mais relacionando o craque para as partidas.
Gilson Kleina, novo técnico do Verdão que também veio da Ponte Preta, pode chamar Tinga de volta. |
Colocado à disposição da
diretoria alvinegra, Tinga chegou a ser oferecido ao Avaí, clube de
Florianópolis, que também disputa a Série B, mas um empecilho jurídico acabou
impedindo a sua contratação pelo chamado Leão da Ilha. De acordo com o regulamento da
CBF, entidade que regulamenta a disputa do Campeonato Brasileiro, o atleta não
poderia atuar por outro clube na Série B, por já haver jogado pelo Ceará, onde
foi relacionado para mais de seis jogos como titular. O time catarinense
tentava contar com o jogador com base no artigo 46 do Regulamento Geral das
Competições, que prevê que não seriam contabilizadas partidas em que o atleta
fica à disposição no banco de reservas durante um jogo, mas não entra em campo.
No entanto, a CBF emitiu parecer negativo no caso. Pelo mesmo motivo, o jogador
também não pôde ser contratado pelo Náutico do Recife, que em agosto passado manifestou
interesse em coloca-lo em seu plantel. Caso a transação se concretizasse, Tinga
permaneceria do nordeste, mas atuando por um clube da Série A.
Sem poder jogar novamente pelo
Ceará, onde foi barrado por PC Gusmão e sem poder ser contratado por outro
clube, Tinga acabou ficando ocioso, sem jogar desde o início do segundo
semestre do ano. A diretoria da CBF alegou
que Tinga não poderia atuar por uma terceira equipe no mesmo ano. “Ele também
foi reserva em jogos do Palmeiras pela Copa do Brasil neste ano. Não é
permitido que um jogador atue por três clubes numa mesma temporada”, disse
Sandro Barreto, diretor jurídico do Avaí.
Como Tinga havia saído do
Palmeiras dispensado por Felipão, que o excluiu do elenco do alviverde
paulista, a esperança do atleta é que o novo técnico Gilson Kleina – que também
veio da Ponte Preta, onde o atleta despontou para o futebol profissional,
chegando até mesmo a vestir a camisa amarela da seleção brasileira Sub-20 - venha
a chamá-lo para se reintegrar ao time que agora precisa contar com a sua força
máxima para fugir da chamada “zona da degola”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário