Preso após tentativa
de homicídio contra jovem bom-jardinense, Batoré confessou diversas mortes e
confirmou suspeitas da polícia de ser o estuprador há tempos procurado na
região.
A titular da Delegacia
Especializada de Atendimento à Mulher de Nova Friburgo (Deam), Grace Arruda,
confirmou a identificação do autor dos dois estupros registrados no município
em março e abril—o de uma idosa de 73 anos a caminho da fila do Sistema Único de
Saúde (SUS), de madrugada, na Vila Amélia, e o de uma operária da Fábrica de
Filó, quando ela se dirigia ao trabalho. O estuprador, segundo a polícia, é
Uanderson da Silva Tardone, o Batoré, 18 anos, preso desde o último dia 5 de
junho, pela equipe do Patamo 1, do 11º BPM, liderada pelo sargento Deusedino,
na Avenida dos Ferroviários, altura do Jardim Ouro Preto, distrito de
Conselheiro Paulino e levado para o complexo de Bangu, no Rio de Janeiro, onde
se encontra preso.
Na ocasião, Batoré estava com o Gol cinza, LCM
5671, de propriedade de Pâmela Ornellas, uma jovem de 24 anos, que foi agredida
por ele com golpes de paralelepípedo na cabeça na noite do último dia 2 daquele
mês. Moradora de Bom Jardim, Pâmela foi encontrada seminua e com a face
desfigurada na estrada de acesso à Fazenda da Laje, próximo ao cemitério Trilha
do Céu e levada em estado grave para o Hospital Raul Sertã. Batoré confessou a
barbaridade à polícia com frieza e ainda disse que cometeu a tentativa de
assassinato durante uma alucinação por efeito de drogas, pois tinha “sede de
sangue”.
Assim que Batoré foi preso e
levado à Deam, a delegada e a equipe de detetives que investiga denúncias de
violência sexual suspeitaram que ele era mesmo o autor de dois estupros, devido
à semelhança com o retrato falado elaborado pela Polícia Civil e mantido em
sigilo. Apesar de ter negado os estupros, resultados positivos dos exames de
DNA realizados pelo Instituto de Pesquisa e Perícias em Genética Forense do Rio
de Janeiro (IPPGE), a partir de amostras de materiais genéticos de Batoré e das
duas vítimas dos estupros, confirmaram a suspeita dos policiais.
Batoré já tem uma
extensa ficha criminal desde adolescente
De acordo com a delegada Grace
Arruda, além da tentativa de assassinato, Batoré terá agora os dois estupros
incluídos em sua ficha criminal. Ainda adolescente, ele já tinha sido acusado
de agressões, desacato, motins em instituições de menores infratores,
desobediência, furto, roubos, incêndio e envolvimento com o tráfico de drogas.
Em entrevista a uma emissora de TV a cabo logo depois de ter preso, Batoré deu
detalhes dos requintes de crueldade utilizados para tentar assassinar Pâmella e
também fez ameaças, dizendo que não temia a cadeia nem da polícia, e que tinha
prazeres mórbidos ao ver suas vítimas agonizantes, além de já ter assassinado
dezenas de desafetos. Disse ainda que quando conseguir a liberdade, voltará a
cometer crimes bárbaros na região.
Na época de sua prisão, Batoré sustentou
não ter motivo para tentar matar a jovem, que conheceu num churrasco em Bom
Jardim. Disse apenas que com a desculpa de buscar drogas para consumir, a
trouxe para Nova Friburgo no carro da própria vítima. No caminho do Alto do
Floresta, onde teria dito à vítima que conseguiria cocaína, desviou o
itinerário para a Fazenda da Laje e cometeu a violência num trecho ermo e sem
iluminação da estrada.
Fonte: A Voz da Serra
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