Priscila Lourenço Ladeira Caetano |
Diversos moradores do centro de
Bom Jardim questionaram o fato de algumas pessoas terem armado barracas e acampado
no interior do coreto da Praça Coronel Monnerat, ao lado da Igreja Matriz,
durante a festa em comemoração ao aniversário de 120 anos do município. Muitos
acharam estranho e outros ficaram temerosos pelo fato incomum de haver pessoas
de fora acampadas em locais públicos da cidade. “Fiquei preocupada pelo fato de
poderem ser moradores de rua, pois sempre temos muitas crianças brincando na
praça”, disse uma moradora. Outros queriam saber se o acampamento havia sido
autorizado por algum órgão público. A ex-vereadora Simone Capozi, inclusive,
através de postagens na rede social Facebook, na internet, afirmou que a
secretaria de Assistência e Promoção Social teria que se posicionar a respeito,
sendo que o órgão enviou uma resposta através de Priscila Lourenço Ladeira
Caetano (foto), que trabalha na secretaria.
Simone Capozi |
Ela disse que a secretaria, junto
com CREAS – Centro de Referência Especializado de
Assistência Social, já estava tomando todas as providências cabíveis quanto à
situação citada, não só dessa vez como todas as vezes que a cidade recebe
moradores de outros municípios. “Qualquer cidadão tem o direito de ir e vir a
qualquer lugar. Não podemos impedi-los e nem tratá-los como qualquer coisa,
porque são seres humanos e, na maioria das vezes, não estão na rua porque
querem”, afirmou. Priscila Caetano disse ainda que o CREAS faz a abordagem do
individuo, identifica de onde veio e se o mesmo tem família. “Não se pode
simplesmente expulsar as pessoas para outros municípios. Devido a isso, existe
uma demora até o retorno dos mesmos. Gostaria de esclarecer que dentro de 15
dias, já retomamos sete pessoas para seus municípios de origem e com os devidos
encaminhamentos”, acrescentou.
Continuando, ela disse também
que, infelizmente, não existem casas de passagem no município e nem na região.
“Isso vem sendo trabalhado para a região serrana, quem sabe daqui a algum tempo
vamos parar de ver moradores de rua utilizando os espaços públicos não só em
Bom Jardim, como na região serrana inteira”, disse. Questionada sobre as
pessoas acampadas serem possivelmente vendedores que vieram trabalhar na festa,
ela informou que havia sim um vendedor, mas que foi embora na quinta-feira. “Como
tinham outros no mesmo local o vendedor acabou se juntando a eles. Quando foi
abordado pela nossa equipe, ele disse que era morador do Rio de Janeiro e que
estava indo embora no mesmo dia, juntou suas coisas e saiu do coreto não o vimos
mais”, informou ela.
Priscila lembrou que é
importantíssimo a população informar esses casos à secretaria de Promoção, para
que seja feita a abordagem de forma correta. “Esse é um problema que está se
tornando cada vez mais comum no município, embora visto por poucos, estamos
sempre fazendo abordagem dessas pessoas e tomando as medidas que nos cabem, mas
têm coisas que, infelizmente, fogem do nosso controle”, enfatizou. Ela
acrescentou que a proximidades com outros centros urbanos de maior população
faz com que muitos moradores de rua acabem migrando para cidades vizinhas. “Além
de moradores de rua, existem também os andarilhos, que visitam a cidade. São pessoas
que têm casa, salário, alguns aposentados, mas que gostam de viver como
andarilhos, sendo uma opção de vida. já levamos uma van cheia deles às suas
residências, em Rio das Ostras, mas um mês depois, estavam de volta. Depois de entendimentos,
conseguimos que eles seguissem adiante como andarilhos”, finalizou.
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