Apesar de ser permitido por uma
resolução do Tribunal Superior do Trabalho (TST), o acúmulo de funções por motorista
de ônibus intermunicipal, que também exerce o trabalho de cobrar passagem das
pessoas que embarcam nos coletivos, está prejudicando e deixando passageiros
insatisfeitos. A dupla função acaba ocasionando atrasos nas viagens, uma vez
que o coletivo fica parado, enquanto o motorista escreve e destaca a passagem,
recebe o pagamento e dá o troco. Uma passageira que reside em Bom Jardim
afirmou nas redes sociais que uma viagem de Nova Friburgo a Barra Alegre,
quarto distrito do município, pela Auto Viação 1001, está levando cerca de três
horas, quando deveria levar aproximadamente duas.
“É quase uma viagem daqui até o
Rio de Janeiro”, disse ela. Além disso, como já foi flagrado pela nossa
reportagem, alguns motoristas estão escrevendo as passagens “sobre a perna” enquanto
dirigem ao mesmo tempo. Essa prática acaba colocando em risco as vidas dos ocupantes
do veículo, podendo causar sérios acidentes, pela necessidade de o motorista
ter de tirar os olhos da estrada para emitir e receber as passagens. Sem contar
que também colabora para o aumento do desemprego no país – já bastante elevado –
pois extingue as vagas para cobradores de ônibus, uma profissão em extinção o
Brasil.
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