A greve
geral e as manifestações programadas para o último dia 28, sexta-feira, convocadas
pelas centrais sindicais e por partidos políticos de esquerda, em protesto contra as
reformas trabalhista e da previdência social, propostas pelo presidente da
República Michel Temer e atualmente seguindo em tramitação no Congresso
Nacional, tiveram muito pouca adesão popular em todo o Brasil.
Os canais de televisão e as redes
sociais na internet mostraram que, durante todo o dia, apenas os militantes dos
sindicatos e de partidos que apoiavam a greve estavam presentes nas
manifestações, que não conseguiram sensibilizar e atrair a população, pois a
mesma logo percebeu se tratar de uma greve política, uma espécie de retaliação
dos manifestantes esquerdistas contra o processo de impeachment no Congresso
Nacional, que destituiu a então presidente Dilma e conduziu seu vice Temer ao
poder.
Em Bom
Jardim, a adesão ao movimento foi ainda menor. A paralisação atingiu apenas
agências bancárias e repartições públicas, por força de influência do Sindicato
dos Empregados dos Estabelecimento Bancários – SEEB, com sede em Nova Friburgo,
e de outros com sede no Rio de Janeiro, capital do estado. O prefeito de Bom
Jardim, Antonio Gonçalves, também aderiu ao movimento, emitindo no dia
anterior, um decreto com base nos artigos 78 e 105, da Lei Orgânica do
Município, suspendendo os trabalhos da prefeitura, para que os servidores pudessem
participar das manifestações programadas pelo Sindicato dos Servidores Públicos
Municipais de Bom Jardim – Sinsep. Como líderes políticos bom-jardinenses, apenas
Geraldo Ayres – ex-presidente do Sinsep, e João Carlos Jund, do Partido Verde
(PV), estiveram presentes e ativos na praça da Igreja Matriz.
Com
isso, além do prédio da prefeitura e suas diversas secretarias, também não
funcionaram as escolas públicas e os postos de saúde do município. Mas a
iniciativa não levou os funcionários municipais a ir em massa para os protestos, promovidos pelo Sinsep na Praça Coronel Monnerat, e por
partidos políticos na rodoviária, ambos no centro da cidade. A grande maioria dos
servidores preferiu aproveitar mais um dia de feriado prolongado e viajar ou
curtir o descanso extra.
Por conta da baixa adesão, foi um
dia tranquilo em Bom Jardim, com o comércio e o transporte coletivo funcionando
normalmente. Em outras cidades próximas, como Nova Friburgo, Cordeiro e em toda
a região, o movimento também não atraiu a população, que preferiu trabalhar e
seguir um dia normal, apenas acompanhando o desenrolar das manifestações pelo
noticiário televisivo ou pela internet.
REPORTAGEM: Julio Cesar Carvalho (Kzar) - Jornalista e proprietário do Portal Fribonja e Blog do Kzar. Repórter do Jornal MAIS BJ.
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