Agronegócio
tem tudo para crescer em municípios da região
Depois que o chamado agronegócio,
ou seja, os negócios e transações envolvendo produtos do meio rural, da
agropecuária e da agricultura familiar praticadas no interior do Brasil, passou
a ser valorizado em campanhas da Rede Globo de Televisão, apresentando vídeos
que mostram como a agricultura faz parte da vida de todo cidadão, muitas
pessoas passaram a prestar mais atenção em como os produtos do campo saem das
lavouras e pastos e chegam à mesa do consumidor final.
A campanha "Agro é Tech,
Agro é Pop, Agro é tudo" foi concebida pelas gerências de publicidade da
Rede Globo e os anúncios institucionais, que estão sendo veiculados, vão até
junho do ano que vem, a cada 15 dias, apresentando um novo tema ao público. Até
agora, os temas abordados são frango, café, milho, arroz, laranja, flores e
peixe. Todos importantes produtos do agronegócio brasileiro. Neste setor, a
recessão que atingiu o Brasil ainda não chegou, pois o país bate recordes de
produção e exportação, gerando empregos. Além disso, a venda de máquinas e
implementos agrícolas está em plena expansão.
Aqui, nas regiões Serrana e
Centro-Norte do Estado do Rio, que abrangem Bom Jardim, Nova Friburgo, Cordeiro,
Macuco, Cantagalo, Teresópolis, Sumidouro, etc., o agronegócio já experimentou
seus tempos áureos do café e do frango, mas que ainda se destacam, juntamente
com a produção de flores de corte, hortifrutigranjeiros e laticínios. A produção
de flores de corte cresce e refloresce no Brasil, sendo grande parte exportada
para outros países. A região de Vargem Alta, que envolve floricultores de Bom
Jardim e Nova Friburgo, tem a maior produção do estado e a segunda do Brasil,
só perdendo para Holambra (SP). A produção de flores no Brasil não atravessa
nenhuma crise e deve continuar crescendo, uma vez que em 2016 teve 5% de
crescimento. Em 2015, a produção e o comércio faturaram juntos R$ 6,1 bilhões,
registrando 8% de crescimento.
Em relação ao frango, que já foi
destaque no passado recente de Bom Jardim, mas que ainda ajuda a movimentar a
economia brasileira, as granjas chegam a faturar R$ 50 bilhões por ano com a
produção no país. É a carne mais presente nos pratos dos brasileiros e, ao
todo, 158 países consomem o frango produzido no Brasil. Em 2015, a indústria do
frango movimentou US$ 6 bilhões em exportações. Bom Jardim, ainda que
timidamente, contribui com suas granjas, fornecendo frango de corte para as a
grandes indústrias nacionais.
Já a indústria de torrefação e
moagem de grãos de café, que já foi uma das mais importantes da região, ainda
hoje continua com a sua produção, principalmente, de cafés especiais, que faz
sucesso não apenas nacionalmente. O Brasil exportou 35 milhões de sacas do
produto no último ano (na safra de julho de 2015 a junho de 2016), gerando uma
receita de US$ 5,3 bilhões, apontando ainda um crescimento nas exportações do
café arábica – o mais presente em nossa região.
Também no setor de leite e seus
derivados, a região tem se destacado, com grande produção de leite in natura
(de vaca ou de cabra), que juntamente com seus subprodutos – leite longavida
(UHT), leite em pó, manteiga, iogurte e queijo, são vendidos em todo o estado.
Já a olericultura, que compreende a produção de legumes e verduras, Bom Jardim
está inserido no chamado “triângulo olerícola”, formado pelos municípios de
Nova Friburgo, Teresópolis e Sumidouro, sendo considerada uma das maiores
regiões produtoras de hortaliças de toda a América Latina, com mais de 12 mil
agricultores familiares cadastrados. A maior parte da produção é vendida no
Mercado do Produtor, em Conquista, Nova Friburgo e no Ceasa de Irajá, Rio de
Janeiro.
REPORTAGEM: CESAR CARVALHO (PORTAL FRI-BONJA/BLOG DO KZAR/JORNAL MAIS).