Que trote, heim Maurício Jasmim!
Há dias eu me encontrava em Recife quando apanhei o celular com o chip do Rio para passar os telefones para o celular com o chip de Pernambuco.
Eu já estava quase na metade da tarefa quando deparei com um telefone cujo nome ao lado era “palhaço”. “Palhaço?!... Quem é este?” – pensei. Mas como não gosto de dúvidas, achei melhor perguntar a Lu:
– Quem é este cabra?
– Óxente, Tuninho! Este aí é o nosso amigo Maurício de Bom Jardim.
– Ué! E por que palhaço?
– Ah!... Como ele chama todo mundo de palhaço eu então coloquei palhaço para não me confundir com um primo.
Após a explicação da Lu, resolvi fazer uma brincadeira com o Maurício. Liguei para o celular dele e fiquei no aguardo:
– Alô!... – respondeu ele.
Fingindo não reconhecer a sua voz, falei:
– Boa tarde! Com quem estou falando?
Mas, como bom macaco velho, Maurício devolveu-me a bola:
– Com quem o senhor deseja falar?
– Eu desejo falar com o senhor Maurício Jasmim. Ele está?
– É com ele que o senhor está falando – respondeu com voz de executivo de multinacional.
– Que ótimo!... Senhor Maurício eu estou telefonando daqui de Cabo Frio.
– Oh, meu camarada!... Eu vim daí hoje. Mas... Quem está falando?
Por instantes, fiquei um pouco enrolado, mas...
– Senhor Maurício nós não nos conhecemos. Eu consegui o seu celular com um comerciante daqui, o qual vende “buchas” fornecidas pelo senhor.
– Ah, pois não!... E qual é o nome deste comerciante daí?
A esta altura eu já estava doido para dar uma boa risada, mas, continuei:
– Senhor Maurício, infelizmente eu não gravei o nome dele.
Talvez meio desconfiado, ele falou:
– Hummmm... Mas... Finalmente, o que é que o senhor deseja?
– Bem senhor Maurício, como eu sou comerciante na região, eu gostaria de adquirir umas 1500 buchas para sentir a aceitação delas por aqui.
Ao ouvir a quantidade de buchas, Maurício, entusiasmado, mudou o tom de voz:
– Ah!... Quanto a isto nem se preocupe. As nossas buchas têm boa aceitação não só na Região dos Lagos como também em todo o Estado.
– Que bom, seu Maurício!...
- Tô lhe dizendo: nossas buchas, eu garanto!
Dentro de mim, eu já estava morrendo de rir, porém, segurei-me e prossegui:
– Senhor Maurício, mesmo antes de discutirmos o preço, responda-me: Caso as buchas tenham boa aceitação, o senhor teria condições de me fornecer umas 4000 buchas por semana?
Pela pausa que ele deu ao celular deve ter ficado radiante com a possibilidade de tal negociação, tanto assim que respondeu:
– Bem... Pra esta quantidade semanal o senhor teria de conversar com outra pessoa, cujo telefone eu vou lhe dar agora. Anote, por favor: 22566...
Mas, antes que Maurício concluísse o número do telefone eu não agüentei mais...
Aí, ele me reconheceu, deu uma baita gargalhada e exclamou:
– Mas rapaz!!... É você, Tuninho?...
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