sábado, 2 de julho de 2022

Três câmeras usadas para monitorar a fauna em florestas na Região Serrana são furtadas

Equipamentos pertenciam ao projeto Aventura Animal que ajuda na preservação da vida silvestre da Mata Atlântica

REGIÃO SERRANA/ RJ- Três câmeras usadas no monitoramento da fauna em áreas de Mata Atlântica, no município de Santa Maria Madalena, na Região Serrana do Rio, foram furtadas, na manhã desta quinta-feira. Os equipamentos pertencem ao projeto Aventura Animal e estavam instalados em localidade conhecida como Colombinho, no Distrito de São Francisco de Imbé.

Juran Santos - FOTO ABAIXO, idealizador do projeto, foi quem relatou o furto dos equipamentos. O especialista fazia uma ronda na região para retirar as imagens que estavam nas câmeras e identificou que três delas não estavam no local deixado. Os equipamentos ficavam presos ao tronco de árvores no interior da mata.


"Estou fazendo um apelo para que essa pessoa que furtou devolva as câmeras. Dá um trabalho louco para manter esse projeto, colocar câmera, coletar imagem, editar vídeo, selecionar animais. Você chega no local e ver essas câmeras roubadas? É muito triste isso", disse Santos, em vídeo compartilhado nas redes sociais.

Segundo o idealizador do projeto, não é possível precisar ao certo em que dia essas câmeras foram roubadas porque os equipamentos costumam ficar dentro da mata durante um período de 30 dias. "Não dá para saber se foi no começo ou depois. Só se a pessoa devolver e ainda estiver com os cartões", comentou.

Juran explica que os equipamentos, chamados de câmeras trap, têm por finalidade identificar a movimentação dos animais de dia e durante a noite nas áreas de mata. O sistema é automático e se ativa ao perceber a movimentação dos bichos.

"O projeto foi criado para a identificação de espécies , principalmente as espécies raras como a onça parda, a cuíca de três listras, que são espécies completamente ameaçadas. O sagui da serra escuro também tem registro deles em frente as câmeras e ele está entre os 20 primatas mais ameaçados", explicou Juran.

O Projeto Aventura Animal atualmente funciona com 70 câmeras na área do Pico da Caledônia, Parque Estadual dos Três picos, Bom Jardim, Cordeiro, Santa Maria Madalena e em Lumiar.


FONTE: JORNALO DIA – RIO DE JANEIRO

sexta-feira, 1 de julho de 2022

Indústria de plástico que foi para Manaus deve voltar para Bom Jardim

Com amplo parque fabril no distrito de Barra Alegre, em Bom Jardim, região serrana do Rio, indústria paulista que havia transferido sua produção para o polo industrial de Manaus, na capital do Amazonas, Região Norte do país, poderá voltar a qualquer momento e reabrir sua unidade bom-jardinense, que continua fechada desde então.

Portaria de entrada da fábrica em Bom Jardim

A Indústria Packseven é uma das maiores empresas brasileiras do setor de embalagens flexíveis de polietileno para aplicação na indústria, com atuação expressiva nos segmentos de alimentos e bebidas, papel e celulose, química e petroquímica, logística e distribuição, entre outros. Entre seus principais clientes estão a Ambev, a Heineken, Gerdau, etc., deverá retornar para Bom Jardim em data ainda não definida.

Na verdade, essa intenção de interromper a atividade produtiva em Manaus e reativar a planta de Bom Jardim já existia há algum tempo, desde que a indústria, cuja matriz fica na cidade de Mogi-Guaçu, no estado de São Paulo, começou a sentir dificuldades para se manter no Polo Industrial manauara.

Os principais problemas foram o alto custo da energia elétrica, os altos salários exigidos para fazer frente ao custo de vida elevado da capital amazonense e ainda as dificuldades da logística do transporte “diferente”, numa região de floresta tropical densa, com pouquíssimas estradas, onde tudo que entra e sai da cidade é feito pelos rios ou via aérea.

Packseven em Bom Jardim


Fundada em 1996, a empresa possui unidades fabris nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, que adotam tecnologias de ponta para a fabricação de filme Stretch, SmartFilm (pré-estirado), EcoFilm, filme técnico, contrátil (shrink), lisos ou impressos, de alta qualidade e alta resistência que garantem a integridade dos produtos embalados. No pico de seu funcionamento, a unidade empregava quase 500 pessoas, entre empregos diretos e indiretos.

Entretanto, a unidade que funcionava no município de Bom Jardim, no distrito de Barra Alegre, em parte, devido à crise que atingiu o país e ainda no início da pandemia, paralisou suas atividades em 2019. Toda a atividade produtiva da indústria em solo bom-jardinense foi transferida para a unidade de Manaus, tendo a empresa levado também, boa parte dos funcionários, que se transferiram “de mala e cuia” para a capital manauara.

A transferência para uma unidade na cidade de Manaus, no estado do Amazonas, fez com que os proprietários paralisassem a atividade da unidade em Bom Jardim. Atualmente as instalações estão fechadas, e vigias tomam conta do patrimônio construído no local.

A empresa tem consciência ecológica. Os produtos fabricados são monitorados para preservação do meio ambiente, quanto à contaminação do lençol freático, do solo, bem como à contaminação do ar e nível de ruído externo, em toda a área de influência da sua circunvizinhança.

A vinda de várias empresas, principalmente indústrias, ocorreram durante o mandato do então prefeito bom-jardinense Affonso Monnerat (2009-2010), e da governadora do Rio Rosinha Mateus (2007-2010), que deram incentivos na redução de impostos para as empresas se instalarem do município, atraindo algumas que vieram de São Paulo.

Agora, segundo fontes não oficiais, a diretoria da empresa teria se manifestado favorável à possibilidade da filial da Packseven em Bom Jardim retomar sua atividade produtiva, uma vez que problemas para funcionar com a unidade em Manaus ainda persistem, principalmente quanto ao alto custa da energia elétrica, preponderante para manter a produção, uma vez que a indústria trabalha a pleno vapor, com três turnos ininterruptos, 24 horas por dia, sete dias por semana.

FONTE: NÃO DIVULGADA.