segunda-feira, 31 de março de 2008

Gerente da Caixa fala sobre a regularização dos imóveis do antigo BNH

Em entrevista concedida ao Jornal e TV Mais, logo após a coletiva com o prefeito Affonso Monnerat, o gerente geral da Caixa Econômica Federal em Bom Jardim, Marcos Pecly, falou sobre a regularização da posse dos imóveis do antigo bairro BNH, atual Jardim Boa Esperança. Pelo fato da construtora contratada na época pela Caixa, não ter concluído as obras, resultou daí na invasão e depredação dos imóveis inacabados e, em conseqüência, as propriedades acabaram não sendo averbadas em cartório, não sendo possível a emissão dos certificados de propriedade ou escrituras. De acordo com o gerente, a falta da conclusão das obras e sua posterior averbação junto aos cartórios de registro de imóveis impediram a Caixa de realizar a cobrança das prestações dos mutuários, permanecendo assim o banco como único proprietário dos imóveis hipotecados.

A difícil situação permaneceu indefinida ao longo de quase três décadas, embora muitos houvessem prometido resolver o problema. “O prefeito Affonso foi o único que prometeu e realmente cumpriu, procurando em todas as instâncias necessárias por essa solução”, lembrou o gerente. Segundo Marcos Pecly, não era uma tarefa fácil, pois teve que ser levada às instâncias superiores da direção da Caixa em Brasília, uma empresa pública, que por isso, não pode abrir mão de seus créditos. Com base na proposta do prefeito, foi feita uma avaliação dos imóveis, com base no seu valor médio e, em cima disso a Caixa concedeu um desconto de 88%, com o qual a prefeitura pôde adquirir e quitar os 139 imóveis do Jardim Boa Esperança.

Marcos Pecly, afirmou, entretanto que ainda é cedo para comemorar, pois muito ainda falta para os proprietários receberem a escritura definitiva de suas casas. “Existe toda uma dificuldade jurídica e técnica para se chegar a esse ponto, pois agora, vai envolver o Poder Judiciário, Promotoria, Defensoria, é uma tarefa muito grande, principalmente porque os mutuários são pessoas de baixa renda e os custos de transferência e de registro em cartório são elevados”, enfatizou.

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