Da Redação
O ex-prefeito de Nova Friburgo Dermeval Barbosa Moreira Neto - FOTO, que estava à frente do cargo por ocasião da catástrofe climática de janeiro de 2011, na Região Serrana do Rio, foi inocentado das acusações que pesavam contra ele nas esferas municipal, estadual e federal.
A Justiça Federal acaba de declarar improcedentes todas as ações e acusações contra Dermeval, que
inclusive, foi motivo de uma CPI na Câmara Municipal de Nova Friburgo.
Naquela oportunidade, os vereadores Cláudio Damião e Professor Pierre
protocolaram pedido de abertura de inquérito no Ministério Público Federal.
A defesa do ex-prefeito contestou então as acusações e
entrou com recursos em instâncias superiores, tendo estas sido julgadas improcedentes
no âmbito da Justiça Federal e dando ganho de causa ao recorrente.
Na época da catástrofe, Dermeval Neto, que era o vice do então prefeito Heródoto Bento de Melo, havia assumido o cargo, uma vez que o titular estava em viagem ao exterior. Heródoto tinha ido a Suíça buscar recursos para a construção da linha férrea que permitiria a implantação do seu ambicioso projeto, o trem suspenso sobre o Rio Bengala.
Mas Heródoto sofreu um acidente no país europeu, ficou
incapacitado e nunca mais voltou à prefeitura friburguense. Acabou vindo a
falecer em Curitiba, Paraná, onde vivia com uma filha.
Dilma Rousseff visita Friburgo e destina recursos para a
região afetada
Logo após a enchente a então presidente Dilma Rousseff (PT)
esteve em visita a Nova Friburgo onde se reuniu com o governador do Rio Sérgio
Cabral e o prefeito Dermeval, destinando milhões de reais para atender os
municípios afetados.
Cabral determinou então que seu vice, Luiz Fernando Pezão,
assumisse os trabalhos de reconstrução dos estragos da catástrofe. Para isso,
Pezão montou um gabinete de crise na prefeitura de Nova Friburgo, junto com o
então presidente da Câmara, Serginho Seixas, que tinha assumido no lugar de
Dermeval, uma vez que este precisou se ausentar para uma viagem aos Estados
Unidos.
Quando retornou, Dermeval sentiu que o jogo político havia se virado contra ele, pois passou a sofrer perseguições e sérias acusações
de desvios de verbas da reconstrução, tendo inclusive a Polícia Federal
adentrado em seu gabinete na prefeitura e levado documentos e o HD de um computador.
Mas Dermeval sempre jurou inocência, que conseguiu provar
agora, ao serem julgadas improcedentes, após tramitação nas esferas superiores, todas as acusações feitas contra ele.
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