Família Dutra apresenta seu brasão

Por iniciativa do conhecido agricultor e paisagista Cloy Dias Dutra, que recentemente passou a figurar no Guinness Book of World Records, o famoso livro dos recordes mundiais, o JORNAL MAIS publica nesta edição a figura do brasão de armas da Família Dutra (reprodução ao lado), bem como sua origem histórica e genealógica. Os brasões de armas familiares tiveram origem na Idade Média, quando os senhores feudais reuniam pequenos exércitos e se dirigiam à Terra Santa nas cruzadas. Para se distinguir de outros senhores feudais, mandava pintar nos broquéis (pequenos escudos redondos) de seus soldados suas cores e símbolos. Na volta para casa, os cavaleiros vitoriosos colocavam sobre os escudos os troféus conquistados para mostrar ao Rei e as damas da corte.
A palavra Brasão vem do alemão blasem, e significa “tocar buzina”, já que era ao seu toque que os cavaleiros medievais se lançavam ao combate. De início apenas os nobres os possuíam, mas com o passar do tempo, os Reis passaram a concedê-los aos vassalos, como sinal de distinção ou bravura. Prover tantos emblemas distintos, dando a cada um características únicas, exclusivas e originais passou a ser tarefa dos reis d'armas, ancestrais dos modernos designers, e criadores da magnífica arte da Heráldica, isto é, o desenvolvimento e desenho de Brasões d'Armas.

A origem, a simbologia e o significado do brasão da Família Dutra

José Dutra da Costa, um dos patriarcas da família Dutra, relata ter sido testemunha ocular do símbolo que representa a família em seu brasão. O abutre, uma ave de rapina, para preservar os seus filhotes dos predadores, não podendo sair de perto deles, utiliza o seu próprio sangue para alimentá-los durante um período após o nascimento. Tal história fora transmitida já pelos egípcios em tempos passados e parece ser uma característica desta ave.
Abutre – simboliza o remorso que roia as entranhas do deus da mitologia grega Prometeu, o acorrentado. Compaixão – porque, segundo os egípcios, nos 120 dias que emprega em criar os filhos, por temor de deixá-los sem guarda, não se afasta deles em procura de presa e, se por acaso não encontra na vizinhança com que nutri-los, então, fazendo-se um pequeno corte na coxa, com o bico, tira o sangue com que nutre os filhos. Cor azul – significa justiça, elogio, formosura, doçura e nobreza.
DUTRA – Família flamenga (de origem holandesa), que passou à ilha do Faial, nos Açores, província ultramarina de Portugal – pois um Dutra povoou as ilhas do Faial e Pico, no século XV – proveniente de Bugres e cujo apelido de origem na Holanda é Hurtere, do qual se encontram variadíssimas deturpações nos escritos portugueses. Os Hurtere eram governadores e senhores da terra de Wynendael, aldeia da Flandres Ocidental (Franc-de Bruges). O sobrenome acabou se tornando português, na forma aglutinada de De Ultra (D’Ultra), adaptação do holandês (flamengo) Van Hurtere. Outras formas registradas são: Ultra e Dultra.