terça-feira, 12 de março de 2013

Promoção Social esclarece sobre pessoas acampadas no coreto da praça durante a festa


Priscila Lourenço Ladeira Caetano
Diversos moradores do centro de Bom Jardim questionaram o fato de algumas pessoas terem armado barracas e acampado no interior do coreto da Praça Coronel Monnerat, ao lado da Igreja Matriz, durante a festa em comemoração ao aniversário de 120 anos do município. Muitos acharam estranho e outros ficaram temerosos pelo fato incomum de haver pessoas de fora acampadas em locais públicos da cidade. “Fiquei preocupada pelo fato de poderem ser moradores de rua, pois sempre temos muitas crianças brincando na praça”, disse uma moradora. Outros queriam saber se o acampamento havia sido autorizado por algum órgão público. A ex-vereadora Simone Capozi, inclusive, através de postagens na rede social Facebook, na internet, afirmou que a secretaria de Assistência e Promoção Social teria que se posicionar a respeito, sendo que o órgão enviou uma resposta através de Priscila Lourenço Ladeira Caetano (foto), que trabalha na secretaria.
Simone Capozi
Ela disse que a secretaria, junto com CREAS – Centro de Referência Especializado de Assistência Social, já estava tomando todas as providências cabíveis quanto à situação citada, não só dessa vez como todas as vezes que a cidade recebe moradores de outros municípios. “Qualquer cidadão tem o direito de ir e vir a qualquer lugar. Não podemos impedi-los e nem tratá-los como qualquer coisa, porque são seres humanos e, na maioria das vezes, não estão na rua porque querem”, afirmou. Priscila Caetano disse ainda que o CREAS faz a abordagem do individuo, identifica de onde veio e se o mesmo tem família. “Não se pode simplesmente expulsar as pessoas para outros municípios. Devido a isso, existe uma demora até o retorno dos mesmos. Gostaria de esclarecer que dentro de 15 dias, já retomamos sete pessoas para seus municípios de origem e com os devidos encaminhamentos”, acrescentou.
Continuando, ela disse também que, infelizmente, não existem casas de passagem no município e nem na região. “Isso vem sendo trabalhado para a região serrana, quem sabe daqui a algum tempo vamos parar de ver moradores de rua utilizando os espaços públicos não só em Bom Jardim, como na região serrana inteira”, disse. Questionada sobre as pessoas acampadas serem possivelmente vendedores que vieram trabalhar na festa, ela informou que havia sim um vendedor, mas que foi embora na quinta-feira. “Como tinham outros no mesmo local o vendedor acabou se juntando a eles. Quando foi abordado pela nossa equipe, ele disse que era morador do Rio de Janeiro e que estava indo embora no mesmo dia, juntou suas coisas e saiu do coreto não o vimos mais”, informou ela.
Priscila lembrou que é importantíssimo a população informar esses casos à secretaria de Promoção, para que seja feita a abordagem de forma correta. “Esse é um problema que está se tornando cada vez mais comum no município, embora visto por poucos, estamos sempre fazendo abordagem dessas pessoas e tomando as medidas que nos cabem, mas têm coisas que, infelizmente, fogem do nosso controle”, enfatizou. Ela acrescentou que a proximidades com outros centros urbanos de maior população faz com que muitos moradores de rua acabem migrando para cidades vizinhas. “Além de moradores de rua, existem também os andarilhos, que visitam a cidade. São pessoas que têm casa, salário, alguns aposentados, mas que gostam de viver como andarilhos, sendo uma opção de vida. já levamos uma van cheia deles às suas residências, em Rio das Ostras, mas um mês depois, estavam de volta. Depois de entendimentos, conseguimos que eles seguissem adiante como andarilhos”, finalizou.

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