Como surgiu a Terapia Comunitária?

A Terapia Comunitária (TC) nasceu no Departamento de Saúde Comunitária da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC). Já foram formados pela UFC cerca de 7.000 terapeutas comunitários, que estão atuando em 23 estados brasileiros. Essa abordagem vem sendo difundida em diversos países, nos Estados Unidos, na Europa e na América do Sul.
As Rodas Terapêuticas propõem a promoção do bem-estar e da saúde, fortalecimento dos vínculos sociais nos diversos grupos onde as pessoas interagem, resgate da identidade cultural e valorização das diferenças. Buscam também mobilizar os recursos e as competências dos indivíduos para a solução de seus problemas cotidianos. Essa proposta foca a atenção no coletivo e não no individual, pois parte da premissa de que a solução dos problemas está nas interações entre as pessoas, no compartilhamento, nas identificações com o outro e, principalmente, no respeito às diferenças.
As Rodas Terapêuticas convidam o indivíduo a uma mudança de olhar, de enfoque, no sentido de ampliar o seu ângulo de ação. Seus princípios são:
1 – Ir além do unitário para atingir o comunitário. 2 – Sair da dependência para a autonomia e co-responsabilidade. 3 – Ver além da carência para ressaltar a competência. 4 – Sair da verticalidade das relações para a horizontalidade. 5 – Da descrença na capacidade do outro para acreditar no potencial de cada um. 6 – Ir além do privado para o público. 7 – Romper com o clientelismo para chegarmos à cidadania. 8 – Romper com o modelo que concentra a informação para fazê-la circular.
A metodologia: A Roda Terapêutica se dá em um ambiente de grupo, sua estrutura é teórico-vivencial e seu modelo interativo. O ambiente físico deve ser adequado ao número de participantes e a formação dos assentos deve ser circular, de forma que permita a visualização de todos por todos. Cada Roda Terapêutica é coordenada por duas pessoas, que assumem o papel de Terapeuta e Co-terapeuta.
Público-alvo: Destina-se a qualquer pessoa que se interesse em conhecer novas possibilidades de interação humana. O número de participantes pode ser em torno de 30 pessoas, podendo ser mais ou menos, de acordo com o espaço físico.