Da Redação (JORNAL MAIS)
NOVA FRIBURGO (RJ) - Incrustado entre os bairros Braunes e Catarcione,
Há 43 anos trabalhando em prol da cultura, da arte e do teatro friburguense, o Gama, saiu dos palcos para as ruas e aliou sua arte ao turismo cultural. Mais do que isso, homenageou importantes figuras da história friburguense. A começar pelo rei de Portugal, Dom João VI, que quando exilado no Brasil, em 16 de maio de 1818, assinou o decreto de fundação da “Vila de Nova Friburgo”, permitindo que colonos suíços, a primeira leva de imigrantes não portugueses se instalassem em território brasileiro. Uma caravela estilizada, feita em concreto armado e com mais de dez metros de altura, com as bandeiras do Brasil, Portugal e Suíça é o monumento em homenagem ao monarca português, que revolucionou também a história do Brasil, criando a Casa da Moeda, o Banco do Brasil e abrindo os portos às nações amigas.
Os outros dois monumentos homenageiam friburguenses de nascimento, como o saudoso deputado federal Galdino do Valle Filho – criador do “Dia da Criança”, comemorado em 12 de outubro em todo o Brasil – e o pintor Alberto da Veiga Guignard, internacionalmente conhecido. Outros sete monumentos serão erigidos aos poucos, até completar o circuito conforme foi planejado. Embora ainda não esteja concluído, o circuito já está em pleno funcionamento e, quando estiver pronto, será um dos mais importantes do município. O artista plástico João Batista Felga de Moraes, morador do bairro e diretor de Artes Visuais do Gama, foi o criador dos monumentos, cuja realização têm sido possível graças ao apoio de empresas como Gemini, Wermar e Pedrinco, Prefeitura de Nova Friburgo, o empresário Aurélio Crescêncio (Móveis Mobel e Pizzaria Papillon), Toyoserra, Stam, Drogaria Nacional e Superpão.
O diretor-fundador do Gama, Júlio Cezar Seabra Cavalcanti, o Jaburu, e seu presidente, Francisco Figueiredo, informaram que o circuito turístico e cultural do Gama resgata antigos valores do município. Além de Galdino do Valle, Alberto Guignard e D. João VI, outras personalidades também serão lembradas, entre elas o poeta bom-jardinense Júlio Salusse, autor do poema “Os Cisnes”, cuja figura simbólica ilustra a bandeira e o brasão de Bom Jardim.
Os três monumentos – Felga de Moraes criou a caravela com as três bandeiras, para homenagear D. João VI e as colonizações portuguesa e suíça. Mais acima, na Praça da Criança, o monumento é uma réplica do Troféu Galdino do Valle Filho, entregue durante seis edições; e na Praça Guignard a réplica é do troféu do mesmo nome, que segue para sua quarta edição, premiando artistas plásticos de Nova Friburgo e do Brasil.
O Parque Santa Elisa é considerado um dos bairros mais bonitos da cidade, com grande vocação turística, valorizado ainda mais com o circuito criado pelo Gama e seus monumentos. Situada às margens do lago, a escultura da caravela tem dez metros de largura, com onze metros de altura e pesa 160 toneladas de concreto. O piso foi feito com mosaicos que exibem bandeiras das dez colônias radicadas no município, além do brasão de Nova Friburgo e as logomarcas do Gama e da família Wermelinger, à qual pertencem os empresários Joel, Joilson e Jairo, do grupo de empresas que estão tornando possíveis os monumentos do Gama e seu circuito turístico-cultural.
Outras onze bandeiras foram acrescentadas, para representar as duas bandas centenárias de Nova Friburgo – Euterpe e Campesina, Willisau – a cidade natal dos Wermelinger, na Suíça, Estavayer-le-lac – cidade suíça de onde partiram os colonizadores de Nova Friburgo), além das bandeiras de Brasil, Portugal, Suíça, Fribourg, estado do Rio de Janeiro, Nova Friburgo e Gama. A complementação do circuito será uma homenagem a Julio Salusse, com um parque ecológico com dois pórticos, sendo um do lado do Catarcione e outro do lado das Braunes e um monumento a todas as artes e outro aos colonizadores suíços. Ainda está nos planos do Gama um museu de papel machê, que funcionará com os bonecos do artista friburguense Zeppe e como oficina de artes plásticas
De acordo com os diretores do Gama, todo o circuito deverá estar concluído em cinco ou seis anos, como grande incentivo ao turismo cultural