segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Cano da Cedae se rompe no Maravilha. Água e lama invadem residência


Descaso da empresa estatal e falta de socorro levam morador a protestar e desabafar na internet. No local atingido moram uma senhora idosa e um senhor enfermo.

                Parecia que a enchente de janeiro de 2011 estava se repetindo. Foi o que pensaram os moradores de uma casa localizada próximo ao escadão que liga a Rua Humberto Neves, no bairro Maravilha, ao Bairro dos Alves, em Bom Jardim. Logo, eles correram para levantar os móveis, colocando-os em lugares mais altos, pois o nível da água subia rapidamente. O mais interessante é que sequer estava chovendo naquele momento. Procurando saber a origem de tanta água, os moradores descobriram que uma tubulação da Companhia Estadual de Água e Esgoto (Cedae) que passa ao longo do escadão havia se rompido e o líquido estava jorrando rua abaixo, invadindo a casa onde moram, na base da escadaria. O fato aconteceu na noite do dia 1º de fevereiro, sexta-feira, por volta das 22h30min. Além de invadir a casa, a água deslocou muita lama, que se depositou em parte da Rua Humberto Neves e logo desceu pela calçada, atingido também a casa.
                Segundo informou um dos moradores através da internet, onde o fato foi postado, inclusive com fotos, as reclamações feitas à Cedae não deram resultado, pois a estatal não enviou nenhuma equipe ao local para avaliar o rompimento da tubulação e os estragos causados à residência, mesmo depois de ligações insistentes para a mesma. “Então eu resolvi pedir ajuda ao Corpo de Bombeiros. Eram 22h50min quando ligamos para lá, mas ninguém apareceu. Minha tia então resolver ir até lá pessoalmente”, revelou o morador Pedro Junior, na rede social Facebook.  Pedro contou que, chegando lá, sua tia percebeu que os bombeiros não estavam prontos para atender a solicitação e só por volta da meia-noite eles chegaram para ver o acontecido.
“Mas somente visualizaram e foram embora sem nada fazer”, reclamou. Pedro disse que o jeito então foi contar com a solidariedade de parentes, amigos e vizinhos. “Por sorte, em dado momento, surgiu um carro da Polícia Militar e os policiais, mesmo não podendo fazer muito, nos ajudaram bastante, orientando no que era preciso ser feito”, contou. Depois de passarem a noite em alerta, vigiando o cano rompido e que não havia sido fechado, os moradores receberam a visita dos integrantes da Defesa Civil, por volta das 10h do seguinte, 12 horas após o ocorrido, quando verificaram os estragos na residência, pois a água e a lama haviam causados muitos danos materiais. Continuando, Pedro Junior contou que o vizinho procurou um dos funcionários da Cedae, sendo que o mesmo informou que “nada poderia fazer”. Tal situação deixou os moradores revoltados, principalmente pelo fato de a Cedae não ter profissionais em plantão para prestar socorro à comunidade numa hora de necessidade.
Em protesto, os moradores fecharam a rua com paus e galhos, impedindo a passagem de veículos. A manifestação acabou dando resultado e logo a rua começou a ser limpa. Ele disse que na casa moram sua avó já idosa e seu pai doente, sendo tratado de um infarto que sofreu há algum tempo atrás. Ele aproveitou para agradecer todos os que ajudaram, em meio a tanto descaso, principalmente ao vereador  Ademyr Faria, que apareceu para orientar e prestar solidariedade.  

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