A porta da fé
Caros amigos,
o Santo Padre o Papa Bento XVI, no último dia 11 de outubro lançou a Carta
Apostólica “Porta Fidei” (A Porta da
Fé), anunciando que no próximo ano, a partir de outubro, a Igreja inteira
celebrará com grande intensidade os 50 anos da abertura do Concílio Ecumênico
Vaticano II e 20 anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica, verdadeira
herança do beato João Paulo II que traz a explicação da fé apostólica com a
rica contribuição do Concílio.
A fé é a base
de todas as nossas relações com Deus, é a resposta livre do homem à iniciativa
de Deus que se revela para a nossa salvação, porém, já há muitas décadas, a
cultura religiosa cristã no mundo vem passando por grandes transformações a tal
ponto de não podermos cair no erro de atender somente às consequências da fé,
sem preocupar-nos devidamente com a transmissão destas mesmas verdades.
Somos
bombardeados, em nossa época, por uma variedade de conceitos, propostas e idéias,
as mais diversas e contraditórias. Em meio a esse vozerio, é difícil perceber
imediatamente onde está o certo e como diferenciá-lo do errado. Para que
houvesse uma solução a cada problema e em todas as circunstâncias, veio Cristo
nos ensinar. Sua doutrina está consignada nos Livros Sagrados e na Tradição,
ambos confiados ao Magistério vivo.
A verdade da
fé, no entanto, não somente ilustra a inteligência, mas introduz o homem numa
vida nova com Deus que “plasma toda a existência humana segundo a novidade
radical da ressurreição. Na medida da sua livre disponibilidade, os pensamentos
e os afetos, a mentalidade e o comportamento do homem vão sendo pouco a pouco
purificados e transformados, ao longo de um itinerário jamais completamente terminado
nesta vida” (Porta Fidei, 6).
A força vital
da fé dos apóstolos de Cristo é a segurança que procura o coração humano em sua
busca de sentido. Seu primeiro e essencial anuncio é a vida mesma dos cristãos
que descobriram a maravilhosa vida no Espírito e, logo, esta “fé que atua pela
caridade” (Gl 5, 6) é o fermento transformador do mundo inteiro em suas
repercussões sociais, culturais e políticas.
Ser “sal da
terra e luz do mundo” (cfr. Mt 5, 13-14), assim nos definiu o Senhor em seu
famoso “Sermão da Montanha”, porém esta definição é também uma tarefa, um
caminho a percorrer para fazer resplandecer neste mundo a face de Cristo.
Lembro, neste
artigo, especialmente meus sacerdotes e todos os que os ajudam na tarefa de
ensinar a fé às futuras gerações. Que Deus lhes dê sempre sua força.
Dom Edney Gouvêa Mattoso,
Bispo Diocesano de Nova Friburgo
Bispo Diocesano de Nova Friburgo
Nenhum comentário:
Postar um comentário