sábado, 12 de abril de 2008

Bom Jardim intensifica combate à dengue

Por Ana Amelia Mendes

Embora o número de casos no município esteja abaixo dos limites considerados aceitáveis pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo Programa Nacional de Combate à Dengue, a Prefeitura, através da secretaria de Saúde, mobilizou os 58 agentes comunitários de saúde para explanações sobre a dengue. A reunião, realizada no dia 28 de março, na Casa de Cultura, teve como objetivo orientá-los e informá-los sobre a sua importância no combate à doença. A dengue é uma doença infecciosa febril aguda causada por um vírus e é transmitida através do mosquito Aedes aegypti, também infectado pelo vírus. Atualmente, a dengue é considerada um dos principais problemas de saúde pública de todo o mundo.
O encontro contou com a presença do coordenador da Vigilância Sanitária e Saúde Pública Fernando Loyola que explanou sobre a dengue em Bom Jardim. – “O índice de infestação no município é de 0,6%, o que significa que em 100 casas, seis têm positividade para o Aedes, que são de três espécies, concluindo que apenas duas casas podem ter o mosquito da dengue. Por isso, a população deve ficar tranqüila, mas também fazer a sua parte. Temos que atribuir responsabilidades para que continuemos sem nenhum caso diagnosticado”.
Em todo o mundo, existem quatro tipos de dengue, já que o vírus causador da doença possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. No Brasil, já foram encontrados dengue tipo 1, 2 e 3. Segundo o coordenador do Programa Saúde da Família (PSF) Dr. Ilton Magalhães, a dengue pode se apresentar, clinicamente, de quatro diferentes formas: Infecção Inaparente, Dengue Clássica, Febre Hemorrágica da Dengue e Síndrome de Choque da Dengue. Dentre eles, destacam-se a Dengue Clássica e a Febre Hemorrágica da Dengue. O objetivo da ação é eliminar todos os possíveis focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. Para isso, as equipes da prefeitura percorrerão as ruas do município alertando a população sobre os riscos e formas de se prevenir a doença. – “A mobilização da comunidade é fundamental no combate à proliferação do mosquito transmissor da doença”.
A ação mais simples para se prevenir a dengue é evitar o nascimento do mosquito, já que não existem vacinas ou medicamentos que combatam a contaminação. Para isso, é preciso eliminar os lugares que eles escolhem para a reprodução.
Então, a dica é manter recipientes, como caixas d’água, barris, tambores tanques e cisternas, devidamente fechados. E não deixar água parada em locais como: vidros, potes, pratos e vasos de plantas ou flores, garrafas, latas, pneus, panelas, calhas de telhados, bandejas, bacias, drenos de escoamento, canaletas, blocos de cimento, urnas de cemitério, folhas de plantas, tocos e bambus, buracos de árvores, além de outros locais em que a água da chuva é coletada ou armazenada.
Já o tratamento da dengue requer bastante repouso e a ingestão de muito líquido, como água, sucos naturais ou chá. No tratamento, também são usados medicamentos anti-térmicos que devem recomendados por um médico.
É importante destacar que a pessoa com dengue não pode tomar remédios à base de ácido acetil salicílico, como AAS, Melhoral, Doril, Sonrisal, Alka-Seltzer, Engov, Cibalena, Doloxene e Buferin. Como eles têm um efeito anticoagulante, podem promover sangramentos.
“É preciso ficar alerta para os quadros mais graves da doença. Se aparecerem sintomas, como dores abdominais fortes e contínuas, vômitos persistentes, tonturas ao levantar, alterações na pressão arterial, fígado e baço dolorosos, vômitos hemorrágicos ou presença de sangue nas fezes, extremidades das mãos e dos pés frias e azuladas, pulso rápido e fino, diminuição súbita da temperatura do corpo, agitação, fraqueza e desconforto respiratório, o doente deve ser levado imediatamente ao médico”, concluiu Dr. Ilton.

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