sexta-feira, 3 de abril de 2009

Com músicas próprias Toque Brasileiro quer gravar o primeiro CD

Por Cesar Carvalho (Jornal Mais)

Formado no final de 2005, o grupo bom-jardinense Toque Brasileiro sai na estrada em busca da tão sonhada gravação do primeiro CD. Atualmente composto por Renato de Paula Ferreira (voz e violão de nylon), Carlos Adriano Abbud Martins (voz, violão 12 cordas, violão de aço) e Raphael Lima Chiapini (bateria, percussão e backing vocal), o trio já possui 34 composições próprias, das quais doze foram separadas para inclusão neste primeiro trabalho. As composições “Toque” são pura música popular brasileira (MPB) e os seus integrantes, embora autodidatas, foram influenciados pelo “DNA musical” de suas famílias, ou seja, têm a música no “sangue”.

Renatinho Dy Paula, por exemplo, herdou a veia sambista da família. Dono de voz aveludada e com muito swing, começou aos 14 anos cantando samba e música baiana, chegando a ganhar alguns concursos em Bom Jardim. Aos 17 anos se entregou à MPB e tocou durante muito tempo sozinho, em barzinhos, até formar o grupo.

Carlos Adriano começou em Banda de Rock também aos 14 anos. Bisneto do maestro Julião Moreira, autodidata, revela-se um músico polivalente e compositor de estilos variados, tendo inclusive algumas músicas requisitadas por bandas da região. Apresentou-se na noite em violão, voz e percussão por cerca de dois anos, até que se juntou a Renato e Raphael, visando a gravação do CD.

Dos três integrantes, Raphael Lima é o que possui mais tempo de música e também tem suas raízes musicais de família, pois quase toda a geração de seu pai é de músicos. Estudante no Conservatório de Música Bonjardinense, começou a tocar por volta dos 12 anos em uma igreja evangélica e sempre foi apaixonado por MPB. Mais tarde, com 14 anos estudou bateria e fundou uma banda de pagode e música baiana com Renato. Tocou em bandas de pop rock, punk rock e fez free lance durante algum tempo, até formar o “Toque Brasileiro”.

            A performance do trio tem chamado a atenção onde se apresenta, surgindo daí muitos convites para novas apresentações, entre as quais se destacam as ocorridas em 2006, no SESC-Nova Friburgo (na exposição do artista plástico “Lula”, de Bom Jardim), na Feira do Livro do Colégio EIDUC, em baile no Bom Jardim Maravilha Clube e no Encontro da família Carriello-Cariello. Em 2007 o grupo participou de festividades da Câmara Municipal de Bom Jardim, se apresentou no auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campos-RJ, no Teatro SESC-Friburgo e novamente no Maravilha Clube. Já no ano passado, o “Toque Brasileiro começou se apresentando na Micareta Católica em Bom Jardim e voltou ao SESC-Friburgo. Depois, participou do aniversário do Instituto Ibelga, na vizinha cidade e em outro evento no Hotel Boa Vida, em Teresópolis.

Agora, o “Toque” parte para a gravação de seu primeiro CD, com o qual poderá sair do anonimato para o estrelato. Segundo os próprios músicos, a idéia inicial é de que esse primeiro trabalho seja realizado de forma totalmente profissional, tendo como base uma gravação definitiva, com arranjos, músicos convidados e tecnologia digital. Para isso, entraram em contato estúdio de gravação Midi Studio, em Nova Friburgo e obtiveram um orçamento inicial de R$ 4,8 mil, que inclui despesas com gravação, mixagem, arranjos, cachê dos músicos convidados, arte-final do CD “demo”, capa/contracapa e encarte. Neste total não está incluído o valor da tiragem de exemplares para distribuição no mercado fonográfico nacional.

Mas, para concretizar esse sonho, o grupo precisa de apoio da comunidade e patrocínio da classe empresarial bom-jardinense. Vão oferecer em troca merchandising na capa do CD e exposição de banners nos futuros shows de lançamento e divulgação do trabalho. Para convencer os empresários a investir no projeto, o grupo se baseia no fato de o “Toque Brasileiro” ser formado exclusivamente por músicos bom-jardinenses, prestes a concretizar um projeto baseado unicamente em raízes musicais brasileiras, conta com melodias e letras compostas pelos próprios integrantes, com arranjos e produção musical supervisionados pelo “Conservatório Bom-jardinense de Música”. Ou seja, um genuíno fruto exclusivo de Bom Jardim.

 

 

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