segunda-feira, 29 de junho de 2009

Paulo Reis, o poeta ribeironense,divulga seus trabalhos na internet

Da Redação (JORNAL MAIS)

BOM JARDIM (RJ) - Terceiro filho de uma família de sete irmãos, Paulo Reis (FOTO), nascido em 6 de julho de 1964, na localidade Jaracatiá, em São José do Ribeirão, segundo distrito de Bom Jardim (RJ), morou parte de sua infância na roça, onde seu pai era lavrador, depois mudando para o povoado de São José do Ribeirão. A família vivia com muita dificuldade, fazendo com ele abandonasse a escola na 5ª série do Ensino Fundamental, para trabalhar nas pedreiras da região, quebrando pedras (paralelepípedos), durante toda a sua adolescência.
Já na idade adulta, conseguiu emprego no transporte coletivo e mudou-se para Nova Friburgo (RJ), onde retomou os estudos no Colégio Estadual Dr. Feliciano Costa, em Conselheiro Paulino. Foi neste educandário que estreitou seu relacionamento com a poesia, através da professora Ana Lúcia Farias da Silva. Ela e sua esposa, Rosemary, foram grandes incentivadoras, além de colaboradoras no esclarecimento de várias dúvidas gramaticais. Seus primeiros versos foram escritos entre os anos 70 e 80. Em 1985, passou a residir definitivamente em Nova Friburgo.
Paulo Reis formou-se depois em Letras pela Faculdade de Filosofia Santa Doroteia e com vários trabalhos divulgados em publicações impressas e na internet, viu em 2003, sua poesia “Friburgo” ser recitada na abertura do desfile cívico-militar em comemoração aos 185 anos da cidade, recebendo da Câmara Municipal friburguense, por unanimidade, Voto de Congratulações. Em 2007, participou como poeta convidado da revista Academia, edição comemorativa dos 60 anos da Academia Friburguense de Letras. Seus versos também estão inscritos no Memorial do Professor, inaugurado em 2008, na Praça do Suspiro, nesta cidade. Tem poemas publicados em coletâneas, como “Antologia Livre Pensador”, lançada na XVIII Bienal Internacional do Livro de São Paulo; “1825 Dias de Poesia”; no “3º Festival Palavreiros – Dia Mundial da Poesia”; no “Projeto Turístico, Histórico e Geográfico” - retratando o Brasil através da poesia”; no projeto “Redação 2004”, da Folha Dirigida, além de jornais e websites. A seguir uma mostra do veio e da veia artística de Paulo Reis:

O HOMEM E A TERRA
Forneces-me o alimento
Devolvo-te o excremento
Cuspo e te piso
Corto tuas veias
E bebo o teu sangue
Arranco teus membros
Visto-te com roupas impermeáveis,
Impedindo que te banhes e respires.
Mas suportas calada!
Porque sabes que um dia
Render-me-ei a teus pés,
Vestindo o que te arranquei,
Para que me engulas.
Então, serei pó
E como pó,
Sentirei o que sentes!

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