sexta-feira, 21 de maio de 2010

Tinga assume braçadeira de capitão da Ponte Preta de Campinas

Cheio de moral, jovem jogador bom-jardinense que é pretendido pelo Santos, resgata tradicional grito de guerra para motivar time.

Apesar de jovem, o bom-jardinense Tinga (foto) precisou de pouco tempo para incorporar o espírito de líder na Ponte Preta. Aos 19 anos, ídolo da torcida, ele ganhou a braçadeira de capitão no jogo contra o Paraná, no último dia 15, pela série B do Campeonato Brasileiro e não se intimidou com a responsabilidade do posto. Cheio de moral com o técnico Jorginho, o volante resgatou um tradicional grito de guerra para motivar o time na boca do túnel. A música, normalmente utilizada pelas categorias de base do clube, foi cantada pelos profissionais antes da partida. Tinga contou com a ajuda de Eduardo Martini e Vicente para puxar o coro, que diz “eu tenho uma mania que já é de tradição, de nunca se entregar e nem cair no chão. A fome e o frio é grande e o sol é pra valer. E enfrento tudo isso pra poder vencer. Eu jogo em um time que não joga qualquer um. Se você quer saber, o nome dele eu vou dizer. Eu sou pontepretano e vou lutar até morrer (sic)”. Logo depois, emendaram o hino da Ponte.
A iniciativa deu certo. A Macaca entrou ligada e fez o gol da vitória por 1 a 0 logo aos oito minutos do primeiro tempo, com Reis, de cabeça. Tinga valorizou a união da equipe e espera que essa atitude se repita por muitas vezes na sequência do campeonato. “Fico contente com a confiança que o treinador e os colegas depositaram em mim e a melhor maneira para eu compensar isso é retribuindo dentro de campo. Achei interessante cantar essa música e todos também gostaram. Isso contribui para incentivar a equipe ainda mais na hora de entrar em campo”, afirmou.
A nova fase de Tinga acontece logo após uma série de especulações que o colocaram fora da Ponte Preta. O próprio volante chegou a revelar que considerava difícil sua permanência. O destino seria o Benfica, de Portugal. As negociações avançaram até o ponto de a revelação ser preservada dos jogos finais da Macaca no Paulistão. Mas, no fim, a transferência não foi concluída. Tinga nega decepção com o ocorrido e garante estar totalmente focado para tentar levar a alvinegra à elite nacional.
“Agora não adianta ficar pensando nisso (saída). Não acontece e eu estou feliz na Ponte Preta. É me doar ao máximo para ajudar o time a conquistar seu objetivo. É isso o que eu quero agora”, comentou.
Mas, mesmo após o volante declarar seu amor ao time pontepretano, logo em seguida, ele voltou a aparecer em declarações na imprensa paulista como possível reforço do Santos. A diretoria do clube campineiro, entretanto, negou qualquer negociação envolvendo o jogador. Entretanto, a imprensa esportiva de São Paulo insiste que Tinga novamente teve o seu nome ventilado nos corredores da Vila Belmiro. O negócio seria intermediado pelo grupo Dis/Sonda, que possui uma procuração para negociar o jogador e também possui outros atletas no Peixe.
Se o assunto ainda é tratado com cautela no Peixe, a diretoria da Macaca já se adiantou e tratou de negar qualquer negociação.O atleta esteve próximo de sair ao final do Campeonato Paulista e chegou a ser afastado do grupo até que as negociações fossem concluídas. Como a venda não se concretizou, o jogador retornou ao time.
Embora afirme que até o momento não recebeu nenhuma sondagem, a diretoria da Macaca está aberta para receber propostas pelo atleta, que tem 100% dos direitos federativos presos ao clube. No mês passado, Fluminense e Benfica, de Portugal, fizeram sondagens pelo atleta, mas não houve uma proposta oficial. A venda do jogador serviria para equilibrar as finanças da Ponte.

Nenhum comentário: