quarta-feira, 30 de junho de 2010

Coluna do Magno

Chefe, obrigado por sua amizade!

(Tributo a Humberto Neves Filho - FOTO)

A. Magno

Foi por volta das 14 horas do dia 11 de junho que o celular tocou dentro de meu bolso. Pelo visor vi que se tratava do amigo Cadô Hoelz.

- Manda as ordens seu Cadô! - brinquei.

Cadô com a voz atropelada e a respiração ofegante, perguntou como estávamos indo. Respondi que dentro do possível estávamos bem.

Após minha resposta, ele deixou-me preocupado ao perguntar: - O Tuninho, hoje você já recebeu alguma ligação telefônica de Bom Jardim? Diante da entonação de voz e do "já recebeu", fiquei bastante tenso e não hesitei em indagar:

- O que é que está havendo por aí?

Cadô, emocionado noticiou o falecimento do querido amigo Humbertinho Neves - nosso "Chefe" - e concluiu a sua ligação assim:

- Hoje, nós perdemos um dos bom-jardinenses mais íntegros que conheci.

Diante destes fatídicos momentos ou nós nos dirigimos ao Criador para contestá-lo ou permanecemos em silêncio absoluto pelo tempo que nos for necessário para reunirmos forças para agradecer pela amizade ao amigo que nos deixa.

A noitinha e na manhã do dia seguinte através dos celulares, ouvi de amigos que tanto quanto eu o estimavam:

De Luís Estrela: "Pelo que percebi a Copa do Mundo acabou para os bom-jardinenses".

De Danilo Cariello: "Ele era como o pai. Perdemos um homem com "H" maiúsculo".

De Maurício Jasmim: "A nossa praça está mais triste".

Maurício se referiu a praça Cel. Monnerat, na qual durante estes dois últimos anos (2008 e 2009) um grupo de saudosistas cabeças brancas, espontaneamente nela se reunia a fim de ouvir e contar histórias. Desses saudosistas um deles era o Humbertinho, o qual sabia como ninguém colocar ternura e acolhida até nos mais simples atos de seu dia-a-dia.

Foi justamente na praça Cel. Monnerat, que numa noite de 2009 ao avistar o "Chefe" descendo a escadaria para vir em nossa direção, aproveitei e perguntei ao amigo Dr. Jano Strauss:

- Como você define o Humbertinho?

Jano sem mais delongas o definiu assim:

- Ele é um sujeito "puro".

Tão logo Jano concluiu a sua definição, Humbertinho já estava entre nós saudando um por um com apertos de mãos. Porém, enquanto éramos saudados pelo Chefe eu o observava e pensava: "É... É isso mesmo!... Um sujeito puro. Puro, porque ele reúne em si a moralidade, a integridade, a ética e a responsabilidade por tudo que cativa".

Mas... O Chefe se foi... Nos deixa um vazio imensurável, inestimável e etc. Nos deixa também algo que o violento mundo de hoje tanto necessita aprender, ou seja: "Como promover comunhão entre as pessoas". Valeu, Chefe!

Nenhum comentário: