sexta-feira, 18 de junho de 2010

Exposição que conta a história da imigração suíça no Brasil pode ser vista em Friburgo

Cesar Carvalho (JORNAL MAIS)

Está aberta à visitação no Centro de Arte de Nova Friburgo, a exposição “Suíços no Brasil”, que conta a história da imigração suíça para o Brasil, iniciada em 16 de maio 1818, com a assinatura do decreto do Rei Dom João VI, permitindo a vinda dos imigrantes não-portugueses para o país. A mostra itinerante, que destaca personagens e eventos marcantes da imigração, é um projeto da Embaixada Suíça no Brasil e do Consulado Geral da Suíça em São Paulo, com parceria local da Casa Suíça/Instituto Fribourg-Nova Friburgo. Ficará no Centro de Arte até o próximo dia 14 de julho, podendo ser visitada das terça a sexta-feira, das 10h às 21h, aos sábados, das 12 às 21h e aos domingos, das 14h às 21h, com entrada franca.

O evento faz parte da programação especial comemorativa aos 192 anos da fundação do município, iniciada no mês de maio e tem como principal objetivo reforçar os laços friburguenses e regionais com a Confederação Helvética, uma vez que a região mantém, por mais de três décadas, um intercâmbio com o Canton de Fribourg, de onde veio a maioria de seus colonizadores em 1919. Também trouxe novamente à cidade o historiador suíço Martin Nicoulin, autor do livro “La Genèse de Nova Friburgo”, que participou de uma mesa-redonda e recebeu ainda a Comenda Barão de Nova Friburgo, em sessão solene da Câmara Municipal.

As 21 personagens da exposição itinerante foram acrescentadas três personalidades com grande influência local, como os suíços Marianne Salusse-Joset, fundadora com o seu marido Guillaume, do então aristocrático Hotel Salusse; René Irenée Pegaitaz, que junto com saudoso serralheiro Francisco Faria, criou a Stam Metalúrgica, hoje uma das mais importantes do país no ramo de fechaduras e o padre Jacob Joye, que desembarcou no Brasil a bordo do navio Urânia, junto com a primeira leva de imigrantes suíços, sendo o primeiro pároco da nova colônia. O padre Joye participou ativamente da vida política e deve-se a ele a fundação da primeira loja maçônica de Nova Friburgo, a atual Indústria e Caridade. Muito polêmico, o pároco entre conflitos e acertos, a partir de 1841 acabou se refugiando em sua fazenda no distrito bom-jardinense de São José do Ribeirão, onde tem encontram sepultados seus restos mortais.

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