quarta-feira, 15 de julho de 2009

COLUNA DO A. MAGNO

E a sopa, sai ou não sai?

A. Magno

Esta é a grande pergunta que os membros da “confraria do banco da Praça da Matriz” vêm fazendo há um ano. Em maio do ano passado, quando o frio já começava a botar a cabeça para o lado de fora, a confraria estava reunida e conversando sobre as deliciosas comidas típicas do Nordeste.

Cadô Hoelz, apesar de não conhecer a região em foco, mas, aceso à conversa, esfregou as mãos, uma na outra e disse:

— É... com o friozinho que já está fazendo e a gente falando sobre comida, dá até vontade de se tomar uma sopa bem quentinha, hein?

— É uma boa ideia – concordamos.

Após a unânime concordância, Cadô voltou a falar:

— Aliás, por falar em sopa, quem faz uma deliciosíssima sopa de cebola é Celminha, minha esposa.

Diante da ênfase sobre a sopa da Dona Celma, só nos restou dizer:

— E como poderemos saber se a sua propaganda é falsa ou verdadeira?

Cadô, não pensou duas vezes:

— Ué! Provando-a.

— Aí, cutucamos a onça com vara curta:

— E aí?...

Cadô, nos entendendo melhor, disse o que justamente queríamos ouvir:

— Ora, pô!... Eu vou lhes oferecer a sopa de cebola em data ainda a ser marcada, uma vez que vou depender da disponibilidade de Celminha, certo?

— Não imaginando que as cebolas “ainda seriam plantadas e, sabe-se lá quando seriam colhidas”, respondemos:

— Não se preocupe, seu Cadô, nós aguardaremos.

Mas, o inverno já estava indo embora, quando o “discreto” Jalver Litz mandou ver:

— Ô, Cadô! E a sopa?

A resposta, foi imediata:

— Turma, eu tô dependendo da Celminha, pô!

— Em outubro, já na primavera, o compadre Jano Strauss, percebendo que 2008 ia acabar e a badalada sopa não ia sair, falou:

— Ô, Cadô! Enquanto esta sopa não sai, vamos fazer o seguinte: eu lhes ofereço uma “macarronada gratinada”, mas vamos estabelecer agora, a data, o horário e o local, certo?

— Pois bem! A macarronada foi feita, saboreada, 2008 se foi e nada de sopa.

Entramos em 2009 e aí passamos a nos indagar: “Pô...! E a sopa de cebola da Dona Celma, sai ou não sai?”.

Mas, para o bem de todos e felicidade da “confraria”, em junho, Cadô chamou-me e deu as ordens:

— Ô, Tuninho! Pode avisar a turma que neste inverno a sopa vai sair!

— Tá certo! Mas... Olha, olha, hein...?

Nenhum comentário: