quarta-feira, 8 de julho de 2009

Elio Monnerat Solon de Pontes, escritor e advogado, morre em Niterói, aos 82 anos

Da Redação (JORNAL MAIS)

NITERÓI (RJ) - O escritor e advogado bom-jardinense Elio Monnerat Solon de Pontes morreu no último dia 7, de manhã, aos 82 anos, no Hospital Centro Cárdio, em Niterói, vítima de complicações decorrentes de um meloma. Elio foi seepultado neste dia 8, ao meio-dia no cemitério Parque da Colina, na antiga capital fluminense. Jurista dos mais eminentes, por muitos anos foi colaborador do JORNAL MAIS e também de A Voz da Serra, de Nova Friburgo, onde publicou diversos artigos. Elio também era membro da Academia Friburguense de Letras (AFL) e ainda das academias Fluminense e Niteroiense de Letras.
Elio Monnerat era considerado um mestre por excelência e editou diversos livros sobre Direito. Sua obra mais recente, A história da Ilha de Boa Viagem, onde narra episódios da fundação de uma das mais famosas localidades de Niterói, foi lançada há cerca de três meses, quando ele já se encontrava hospitalizado. Nascido em Bom Jardim, o escritor passou boa parte de sua infância e juventude em Nova Friburgo. Desde muito jovem foi colaborador de vários órgãos de imprensa locais, tornando-se, inclusive, o primeiro correspondente do município nos jornais cariocas. Solon de Pontes tornou-se reconhecido internacionalmente por idealizar o movimento de reação a exploração e defesa da costa brasileira, 200 milhas marítimas, que resultou posteriormente em lei de proteção territorial. O movimento também tornou-se uma de suas mais famosas obras. Elio obteve grande reconhecimento da Sociedade Brasileira de Direito Aeroespacial, através de sua atuação no Direito. Além de escritor e advogado, Elio Monerat tinha um vasto currículo profissional. Foi servidor graduado do Ministério das Minas e Energia, secretário estadual de Educação na gestão do então governador Geremias de Mattos Fontes e dedicou-se a pesquisas sobre a imigração suíça que resultou na fundação de Nova Friburgo e dos municípios vizinhos. Também escreveu um livro sobre a vida e a obra do poeta bom-jardinense Júlio Salusse. Solon de Pontes atuou por bastante tempo na discussão jurídica sobre os limites dos municípios de Cantagalo e Cordeiro que disputavam o domínio territorial das fábricas do polo cimenteiro da região. Deixou viúva, três filhos, seis netos e uma bisneta.

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