MULHER E TRABALHO"Hoje as mulheres compartilham com os homens o tempo de trabalho remunerado, mas não ocorreu um processo equivalente de mudança com relação à redistribuição das responsabilidades sobre as tarefas domésticas." (Relatório “Trabalho e Família”, da OIT e PNUD).
Os resultados de várias pesquisas oficiais realizadas nos últimos tempos nos mostram uma crescente participação das mulheres no mercado de trabalho brasileiro.
Um primeiro levantamento sobre a condição da mulher brasileira, publicado pela Revista Realidade, em 1967, retrata um país de 85 milhões de habitantes onde apenas 21% da força de trabalho era feminina. Em 1994 passaram a ser 35% e nos dias atuais já representam 44% do mercado de trabalho.
Este crescimento pode ser explicado, não somente pelas grandes mudanças nos papéis sociais de homens e mulheres na sociedade, mas também, pela necessidade econômica de aumentar a participação do rendimento das mulheres no rendimento familiar. E, obviamente, em função dos avanços em direção à igualdade de gênero.
Embora historicamente responsável por cumprir um papel social de fundamental importância ao cuidar dos serviços domésticos e dos filhos, a cada dia, um contingente maior de mulheres tem se tornado também responsável pelo sustento da família.
No entanto, o reconhecimento do valor econômico do trabalho realizado por mulheres é, ainda, feito de forma diferenciada e desigual. O mercado brasileiro de trabalho manifesta esta desigualdade, principalmente através da oferta de baixos salários em relação aos salários masculinos.
Na incessante busca por igualdade, as mulheres investem em maior qualificação, são maioria nos cursos universitários, tem mais anos de estudo e representam 59,9% na faixa de trabalhadores com maior nível de escolaridade.
Ainda assim, mesmo na faixa de escolaridade mais elevada, as mulheres são admitidas com salários iniciais correspondentes a apenas 65,39% dos salários masculinos, segundo estudos da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres.
= Olha só! Embora a situação da mulher possa ter nuances diferentes, de país para país, uma reportagem feita por um francês chamado Titouam Lamazou, sobre o universo feminino, concluiu que quando as diferentes situações da mulher no mundo são colocadas lado a lado, o que salta aos olhos são exatamente as semelhanças. As mulheres, em qualquer parte do mundo, enfrentam ou já enfrentaram problemas semelhantes.
O caminho é longo, mas muitos passos já foram dados. Parabéns a todas as mulheres neste seu dia, 8 de março, e em todos os outros.
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