segunda-feira, 1 de março de 2010

Desafios de 2010 - Jorge Picciani (*)

Dizem que, no Brasil, o ano só começa depois do Carnaval. Fato ou não, como esta é a primeira semana depois da festa que trouxe ao País e, mais especificamente, ao Rio, várias celebridades internacionais, vou falar do que nos desafia em 2010.
Se em 2009 as atenções se voltaram para o estado, este é o ano de definir os rumos que iremos tomar para aproveitar a janela de oportunidades que se abriu. E não há tempo a perder.
Já colhemos os primeiros frutos da projeção internacional conquistada a partir da escolha do País como sede das Olimpíadas de 2016, atraindo as atenções de anônimos e famosos, mas este é apenas o começo.
O volume de investimentos que receberemos como conseqüência da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016 permitirá melhorias em infraestrutura, segurança, transportes, telecomunicações e educação. É hora de se preparar para este momento e pavimentar a estrada que nos permitirá dividir com toda a população o legado dos jogos. Assim como aconteceu em Barcelona, Atenas e Pequim, só para citar alguns exemplos, temos agora a oportunidade de tirar do papel o que por anos parecia um sonho porque faltava dinheiro para investir.
Longe de ser apenas um otimista, tenho a convicção de que a aceleração possibilitada por estes recursos é fruto de um processo, que começa com a melhoria institucional e o investimento nas pessoas. Ao abrir concursos e renovar os quadros de funcionários públicos, nos mais diversos setores, estamos abrindo caminho para que se avance no planejamento e na execução das obras e na formação do contingente que estará frente a frente com milhares de esportistas e turistas nestes eventos e nos demais que iremos sediar.
Um dos maiores males deste País é a descontinuidade. É muito comum vermos projetos e investimentos sendo descartados por quem assume o poder como se a autoria fosse mais importante do que o propósito. Ao formar um corpo técnico capacitado e estimulado, estamos apostando no futuro.
É a nossa chance real de fazer com que o círculo virtuoso substitua definitivamente o círculo vicioso a que parecíamos fadados até há bem pouco tempo. É o momento de construirmos pontes sólidas entre a Universidade e o empresariado, unindo o que temos de melhor aqui no estado, que é nossa capacidade de olhar longe, lançar tendências, estar na vanguarda. E sabe o que é o melhor? É que estas perspectivas que nos animam a trabalhar ainda mais e melhor apontam para um futuro próximo e, porque não dizer, promissor!

Jorge Picciani é presidente da Alerj. www.jorgepicciani.com.br

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