Coluna do Magno

Wilson Braz Teixeira, que pena!

A. Magno

Em novembro de 2009 quando estive pela penúltima vez no Pesque e Pague do Paulinho Erthal, em São José do Ribeirão, depois de conversamos por algum tempo, chegamos a uma triste conclusão sobre a pessoa do inesquecível professor Wilson Braz Teixeira que foi a seguinte: "Esquecido e injustiçado".

Por alguns dias, fiquei pensando, pensando e pensando sobre o assunto. Porém, dias depois, pensei: "Pombas, o que adianta ficar se conflitando numa coisa, se não tentamos transformar nosso pensamento em ação?"

Foi quando dirigi-me ao amigo Luiz Antônio Dias - Jornal Mais BJ NF - e solicitei ajuda. Com ele consegui a biografia do prof° Wilson, a qual, apenas procurei sintetizá-la e dando-lhe uma sequência cronológica.

A sua biografia aqui, "tinha" por finalidades: 1- Ativar a memória de ex alunos do Ginásio Bom Jardim. 2 - Informar à nova geração quem foi Wilson Braz Teixeira. 3 - Fornecer às autoridades do Legislativo Municipal conteúdo para uma justa avaliação e decisão sobre a nossa pretensa reivindicação - que na época não me fora possível encaminhá-la por encontrar-me no Nordeste por motivo de doença na família.

Assim sendo, nos baseando na educação como o significado da vida, e a suma importância de Wilson Braz Teixeira para o município de Bom Jardim, achávamos e achamos que fosse oportuna e justa para que o seu nome tivesse sido indicado para um dos espaços culturais, exemplo o Cine Bom Jardim ou Fazenda Luiz Correa – locais que brevemente entrarão em atividades nesta terra. Porém, ao retornar a Bom Jardim em junho deste ano, percebi que havia chegado tarde demais.

Em nossa visão, "oficializar" o nome deste grande Educador na memória histórica de Bom Jardim, além de seu mérito, teria sido também o resgate de uma dívida pública para com o mesmo.

Wilson Braz Teixera

1920- Nasceu em 9 de janeiro no município de Itaocara - RJ. Juntamente com outros quatro irmão era filho de Nilo de Castro Teixeira e Adelina Braz Teixera.

1934 - Aos 14 anos de idade, passou por um duro golpe com o falecimento de sua querida mãe. Após isto, buscando dias melhores Wilson se mudou para o Rio de Janeiro, onde trabalhando durante o dia e estudando a noite, pôde concluir seu sonho, de torna-se professor.

1945- Residindo no município de Cordeiro RJ o então professor Wilson recebeu do primo Messias de Moraes Teixeira o convite para lecionar no Colégio Euclides da Cunha, em Cantagalo/RJ.

1946- Desta feita, o professor Wilson foi convidado pelo primo Messias para ajudá-lo a fundar em Bom Jardim o Ginásio Bom Jardim - um marco de nossa história e educação.

1947- Em Bom Jardim recebeu do casal Benedito Barros e Maria Vieira de Barros todo o apoio necessário para que pudesse dar início a sua nova e grande missão de vida em prol da educação bom-jardinense.

Ainda em 1947 casou-se em 20 de julho com a professora Eulinda de Souza Carneiro. Desta união, tiveram nove filhos, sendo todos bom-jardinenses.

Nos anos 50 trilhando a carreira política o professor Wilson ocupou cargos de Vereador e Presidente da Câmara Municipal de Bom Jardim.

1965- Após se desligar do Ginásio Bom Jardim, onde iniciou como professor, Diretor e mas tarde proprietário, o professor Wilson mudou-se para Nova Friburgo em busca de melhores oportunidade para os filhos.

1994- Em 8 de março o professor Wilson Braz Teixeira faleceu em Nova Friburgo devido a complicações causadas pelo diabetes.

Por que defendemos o nome do professor Wilson Braz Teixeira para um dos referidos espaços culturais? É simples: Porque entendemos que o município de Bom Jardim nestes últimos 70 anos, passou por três momentos marcantes em sua história: 1°) - Na Educação - com a vinda de Wilson Braz Teixeira á frente do Ginásio Bom Jardim 1947 a 1965. 2°) Em Infraestrutura de Base,- Com a vinda de energia elétrica de Furnas em 1972 - Gestão Municipal de Dr. Adelque Figueira Rodrigues. 3°) No Crescimento e Desenvolvimento Econômico e Social,- Com as Gestões Municipais Afonso Monerat/ Dr. Paulo Barros.

Não obstante, até quando Wilson Braz Teixeira continuará esquecido e injustiçado? Até quando?...