sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Coluna do Magno

Que trote, heim Maurício Jasmim!

A. Magno

Há dias eu me encontrava em Recife quando apanhei o celular com o chip do Rio para passar os telefones para o celular com o chip de Pernambuco.

Eu já estava quase na metade da tarefa quando deparei com um telefone cujo nome ao lado era “palhaço”. “Palhaço?!... Quem é este?” – pensei. Mas como não gosto de dúvidas, achei melhor perguntar a Lu:

– Quem é este cabra?

– Óxente, Tuninho! Este aí é o nosso amigo Maurício de Bom Jardim.

– Ué! E por que palhaço?

– Ah!... Como ele chama todo mundo de palhaço eu então coloquei palhaço para não me confundir com um primo.

Após a explicação da Lu, resolvi fazer uma brincadeira com o Maurício. Liguei para o celular dele e fiquei no aguardo:

– Alô!... – respondeu ele.

Fingindo não reconhecer a sua voz, falei:

– Boa tarde! Com quem estou falando?

Mas, como bom macaco velho, Maurício devolveu-me a bola:

– Com quem o senhor deseja falar?

– Eu desejo falar com o senhor Maurício Jasmim. Ele está?

– É com ele que o senhor está falando – respondeu com voz de executivo de multinacional.

– Que ótimo!... Senhor Maurício eu estou telefonando daqui de Cabo Frio.

– Oh, meu camarada!... Eu vim daí hoje. Mas... Quem está falando?

Por instantes, fiquei um pouco enrolado, mas...

– Senhor Maurício nós não nos conhecemos. Eu consegui o seu celular com um comerciante daqui, o qual vende “buchas” fornecidas pelo senhor.

– Ah, pois não!... E qual é o nome deste comerciante daí?

A esta altura eu já estava doido para dar uma boa risada, mas, continuei:

– Senhor Maurício, infelizmente eu não gravei o nome dele.

Talvez meio desconfiado, ele falou:

– Hummmm... Mas... Finalmente, o que é que o senhor deseja?

– Bem senhor Maurício, como eu sou comerciante na região, eu gostaria de adquirir umas 1500 buchas para sentir a aceitação delas por aqui.

Ao ouvir a quantidade de buchas, Maurício, entusiasmado, mudou o tom de voz:

– Ah!... Quanto a isto nem se preocupe. As nossas buchas têm boa aceitação não só na Região dos Lagos como também em todo o Estado.

– Que bom, seu Maurício!...

- Tô lhe dizendo: nossas buchas, eu garanto!

Dentro de mim, eu já estava morrendo de rir, porém, segurei-me e prossegui:

– Senhor Maurício, mesmo antes de discutirmos o preço, responda-me: Caso as buchas tenham boa aceitação, o senhor teria condições de me fornecer umas 4000 buchas por semana?

Pela pausa que ele deu ao celular deve ter ficado radiante com a possibilidade de tal negociação, tanto assim que respondeu:

– Bem... Pra esta quantidade semanal o senhor teria de conversar com outra pessoa, cujo telefone eu vou lhe dar agora. Anote, por favor: 22566...

Mas, antes que Maurício concluísse o número do telefone eu não agüentei mais...

Aí, ele me reconheceu, deu uma baita gargalhada e exclamou:

– Mas rapaz!!... É você, Tuninho?...

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