Bom-jardinense empreende nova viagem de motocicleta, desta vez pela Cordilheira dos Andes, no Chile, onde estão as montanhas mais altas das três Américas.
Como fez de outras vezes, quando saiu para aventuras sobre duas rodas, o conhecido bom-jardinense Vasco Balthazar, amante das motocicletas e membro da ONG UBEM – União Brasileira dos Ecologistas e Motociclistas, entidade responsável pela organização do evento “Ecomoto”, que anualmente reúne ambientalistas adeptos deste tipo de veículo, está agora empreendendo nova viagem, da qual envia notícias, desta vez percorrendo as trilhas íngremes dos cumes gelados da cordilheira dos Andes.
Vasco saiu de Bom Jardim no dia 27 de dezembro, logo após o Natal, montando em sua inseparável companheira de duas rodas. “Resolvi, desta vez, conhecer o Chile e atravessar a Cordilheira dos Andes, muito show. Uma viagem fantástica”, disse ele através de e-mail enviado ao Jornal MAIS BOM JARDIM. A aventura faz lembrar o antigo filme “cult” dos anos 60, Sem Destino (Easy Rider), quando dois motoqueiros, protagonizados por Peter Fonda e Dennis Hopper, percorreram o sul e o sudeste norte-americanos, vivendo a liberdade em suas motos Harley-Davidson.
Mais recentemente, em 2004, outro filme, chamado Diários de Motocicleta, dirigido pelo brasileiro Walter Salles, conta uma história real, onde o então jovem médico argentino Ernesto “Che” Guevara (depois um dos responsáveis pela revolução cubana) levou na garupa de sua moto o amigo Alberto Granado, para uma viagem através do Chile, Peru e Colômbia.
Sem o glamour das câmeras cinematográficas, mas tendo a viagem registrada por este jornal, Vasco Balthazar começou seu passeio pelo Parque Nacional do Itatiaia, já em direção a São Paulo, cortando estradas do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, saindo do país por Rivera. Percorreu o Uruguai, a Argentina e, finalmente, em Mendoza, iniciou a travessia da monumental cordilheira, algo para ele inesquecível. De um ponto ele registrou a aventura, posando com a bandeira de Bom Jardim, juntamente com seus companheiros de viagem. “Minha aventura ainda irá continuar depois, com meu retorno. Ainda passarei alguns dias na região e pretendo conhecer cidades próximas, indo até o Oceano Pacífico”, continuou.
Balthazar se disse impressionado com a organização, o carinho, o calor humano e o companheirismo que encontrou no lugar. “Aqui, até onde pude constatar a incidência de violência é quase zero, não ha “jeitinho” para resolver nada. Segundo contato com brasileiros que aqui residem, a corrupção não existe, as pessoas são respeitadas e por sua vez respondem com mais respeito”, acrescentou. De acordo com Baltazar, o que na verdade tem causado transtorno e uma certa estranheza, é o calor e a secura do ar, fazendo com que o consumo de água seja muito alto e o de cerveja também, é claro!
Revelou ainda ter percorrido, de Bom Jardim até Santiago, 4.350km e que fará outro caminho em seu retorno. “Pretendo ir a Córdoba e Buenos Aires, na Argentina, e depois Montevideo, Colônia, Punta del Este, entre outras cidades do Uruguai”, finalizou.
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