sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Bom Jardim lança plano de gestão integrada de resíduos sólidos


Bom Jardim está entre as poucas cidades brasileiras que dão tratamento e destinação de forma correta ao lixo coletado no município, cumprindo ou procurando cumprir assim o que determina a legislação ambiental em relação ao descarte de resíduos sólidos do país. Isso ficou constatado durante o lançamento do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de Bom Jardim, evento realizado no último dia 22, às 18h30min, em audiência pública na Câmara Municipal de Bom Jardim.  
O PMGIRS, que foi elaborado pela advogada e engenheira florestal Cristiane Jaccoud (foto)através de sua empresa de consultoria ambiental, coloca Bom Jardim na vanguarda dos municípios fluminenses e brasileiros que possuem um plano específico para descarte adequado reciclagem de materiais inservíveis. Além da Dra. Cristiane, que apresentou o plano, o evento contou com as presenças do secretário municipal de Meio Ambiente, Rodrigo Erthal Cardoso; de seu assistente, Frederico Picanço; de Celso Fernandes, representando o secretário municipal de Governo, Hudson Monnerat; e da assessora da CJ Advocacia e Consultoria Ambiental, Soraya Castilho.  
Com base em coleta de informações e reuniões com os conselhos municipais de Meio Ambiente e Educação, o plano foi elaborado e apresentado em sua versão preliminar, podendo acatar sugestões e complementações até chegar ao projeto final. Com o crescimento populacional, o acúmulo de lixo vem aumentando em cidades grandes e pequenas, aliado ao fato de que as indústrias produzem embalagens cada vez mais sofisticadas, cujo descarte contribui para aumentar ainda mais os lixões a céu aberto. Segundo a Dra. Cristiane, de 2000 a 2010, a população brasileira cresceu 12%, mas em contrapartida, a geração de resíduos aumentou 90% no mesmo período. Tal produção de lixo obrigou o Brasil a incrementar seus programas de reciclagem e reaproveitamento. 
Com isso, o lixo orgânico – restos de alimentos e produtos biodegradáveis, que se decompõem facilmente na natureza – foi separado dos materiais sólidos, tais como metal, plástico, vidro e madeira. Essa separação é feita na Usina de Triagem, localizada em Bom Jardim, sendo reaproveitados os materiais destinados à reciclagem e os demais rejeitos são levados ao aterro sanitário, localizado no município de Santa Maria Madalena. Todo esse processo é terceirizado, buscando-se o barateamento de custos de coleta e transporte até a destinação final. Além da limpeza urbana, Bom Jardim possui coleta domiciliar diária de lixo no centro da cidade e bairros periféricos, chegando a coletar cerca de 94% de todo o lixo produzido no município, podendo brevemente, chegar a 100%. O serviço é mantido pela taxa anual de coleta de lixo, sendo que o comércio, a indústria e o setor agropecuário – cuja produção de lixo é maior – pagam preços diferenciados do valor cobrado às residências. 
Ainda segundo a Dra. Cristiane, falta implementar alguns programas, para aprimorar o plano, como a coleta seletiva domiciliar , a capacitação de técnicos, a criação de cooperativas de catadores e a educação ambiental nas escolas. Ela destacou algumas iniciativas importantes neste sentidoa coleta seletiva urbana, através de lixeirinhas espalhadas pela cidade, separando o lixo orgânico dos resíduos sólidos; a destinação adequada para o aterro de Madalena; a reativação da Usina de Triagem, faltando apenas a pavimentação do acesso; e a implantação da Escola de Educação Ambiental Amanda Farias Almeida, em Banquete. 

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