sexta-feira, 6 de março de 2009

Chuvas causam novos estragos em São Miguel

            “São as águas de março fechando o verão...”. A letra da música de Tom Jobim, embora seja de grande beleza e poesia, nem sempre traz boas recordações para quem reside próximo às encostas ou margens de rios. Em Bom Jardim, todos se lembram dos estragos causados pelas chuvas de verão no início de 2007, desabrigando e desalojando pessoas e obrigando o poder público municipal a recorrer à ajuda Federal para reconstruir o que a natureza destruiu.

            A partir daquela data, qualquer chuva mais forte passou a levar medo e apreensão à população ribeirinha, principalmente porque estamos vivendo ainda um período de fortes chuvas e tempestades tropicais. As margens do Rio Grande, que foram seriamente afetadas pelas constantes cheias, deixaram várias edificações em perigo de desabamento no bairro de São Miguel. Um desses prédios era o que abrigava o destacamento do Corpo de Bombeiros de Bom Jardim, que conforme já destacado anteriormente em reportagem do JORNAL MAIS, foi providencialmente remanejado para a sede da Emater, antes que o pior acontecesse.

            Mas, no último dia 4, durante um forte temporal, outro prédio, um sobrado situado ao lado da antiga sede dos bombeiros, também abalado na parte dos fundos que dá para o rio, desabou parcialmente no meio da tarde, felizmente, só causando prejuízos materiais e um grande susto em quem se encontrava próximo ao local. No imóvel funcionava, na parte superior, uma oficina de estofamento, de propriedade do conhecido Daniel Estofador, que estava ausente no momento do desabamento. O andar inferior, felizmente também estava desocupado, pois a família que ali morava havia se mudado poucos dias antes do acontecimento.

            A Coordenadoria de Trânsito e a Defesa Civil imediatamente compareceram ao local e isolaram toda a área e parte da Rua Eno Feliciano Pinto, em frente ao Mercado Supremo. O trânsito de veículos foi parcialmente interditado no local, sendo permitida a passagem apenas de veículos leves. Ônibus e caminhões foram desviados para a rua ao lado da escola municipal Viviane Verly Pereira. No dia seguinte, a prefeitura de Bom Jardim isolou de vez a área e procedeu a demolição dos escombros restantes do imóvel.

            Aquele trecho do bairro São Miguel é considerado problemático, devido ao córrego que passa entre o Supremo e a escola Viviane Verly e sob a Rua Eno Feliciano Pinto, desaguando no Rio Grande, num local onde existe uma pequena ilha, que durante as cheias “empurra” a água em direção à margem direita, justamente onde se encontra o prédio desabado e o antigo quartel dos bombeiros. Outro local problemático situa-se num “cotovelo” do rio próximo ao posto de saúde, onde também aconteceram diversos desbarrancamentos. A prefeitura de Bom Jardim já contratou a empresa friburguense Silthur, que está realizando um muro de contenção às margens do rio.

            

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