quinta-feira, 25 de agosto de 2011

20 de agosto, Dia do Maçom brasileiro

Raul Jarbas S. Abreu .'. (foto)

= especial para o Jornal Mais Bom Jardim =

Por vezes perguntamos. O que tem levado tantos homens, no mundo inteiro, a abraçar esta instituição, seguir e difundir seus princípios? “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”. Crer nos ideais de buscar a perfeição e praticar a beneficência. Aperfeiçoar-se e servir. Pregam o dever e o trabalho. Dedicam especial atenção à manutenção da família, ao bem estar da sociedade, à defesa da Pátria e o culto ao Grande Arquiteto do Universo - DEUS.

Porque o dia 20 de agosto é considerado o Dia do Maçom no Brasil?

O dia foi instituído em setembro de 1918, pelo irmão Antenor de Campos Moura, então Venerável da Loja “Fraternidade de Santos”, que seria comemorado não só como um dia de festa, mas também como um dia de beneficência e de caridade.

Voltando um pouco mais no passado vamos relembrar que a Independência de nosso País teve a participação efetiva da maçonaria, nesta época capitaneada por D. Pedro I, então grão-mestre do Grande Oriente do Brasil. Temos outros fatos históricos relevantes que merecem destaque, pois tiveram a participação marcante da ordem maçônica, a Abolição da Escravatura e a Proclamação da República.

A História brasileira nos deixou não só um legado de fatos, mas de grandes homens como José Bonifácio de Andrade e Silva, Gonçalves Ledo, Deodoro da Fonseca, Benjamim Constant, Castro Slves, Rui Barbosa e Quintino Bocaiúva.

Falando um pouco de nossa própria oficina - a Loja Maçônica Indústria e Caridade nº 49, temos em nossos arquivos o registro que (em linguagem atual) “em 06 de abril de 1874, registra que nossos irmãos pela quantia de 500.000 réis dava a liberdade ao escravo de nome Tancredo, de cor parda, e de idade 8 anos mais ou menos e pertencente ao Dr. Pancrácio Frederico Carr Ribeiro que de bom grado anuiu assinando a respectiva carta na presença de duas testemunhas, cuja carta acha-se devidamente registrada no Livro de Notas; para efetuar a dita liberdade pela quantia ajustada de 550.000 réis teve a esta Augusta Loja de despender de seu cofre da emancipação a quantia de 120.000 réis, e vários Irmãos com a quantia de 130.000 réis que subscreverão, e para completar a quantia precisa concorreu o nosso irmão secretário A. Engeler com 300.000 réis...”.

Diante de tudo isso, rendo-me de joelhos, a tantos quantos foram e têm sido os irmãos que participaram e ainda participam, direta ou indiretamente, da história da Maçonaria Universal. Ser Maçom é olvidar as ofensas que se nos fazem ser bom, até mesmo para com os nossos adversários e inimigos, não odiar a ninguém, praticar a virtude constantemente, pagar o mal com o bem. Ser Maçom é amar a luz e aborrecer as trevas; ser amigo da ciência e combater a ignorância, render culto à razão e à sabedoria. Ser maçom é praticar a tolerância, exercer a caridade, sem distinção de raça, crenças ou opiniões, lutar contra a hipocrisia e o fanatismo. Ser Maçom é realizar, enfim o sonho áureo da fraternidade universal entre os homens.

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