sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Coluna do Magno ....Eta mico danado!

NA VERDADE NÃO FOI MICO FOI UM GORILA

A. Magno

Quando eu morei em Joinville S.C. fiz parte de uma turma unida e bastante animada. Bailes, festas, churrascadas e outros, faziam parte de nosso cardápio de fins de semana.

Valdir, um dos maiores conquistadores que já conheci, isto é, depois de “Dudu Moraes”, sempre me dizia:

– Magno... Joinville é animado, mas você precisa conhecer Floripa e, principalmente, a turma de lá.

Quando nos aproximávamos do mês de setembro, Valdir voltou à carga:

– E aí, Magno?... Quando vai conhecer Floripa?

Dessa feita, finalmente, pude dar uma resposta.

–Bem, o Nando está pensando de nos levar lá por ocasião do baile de debutantes que acontecerá em sete de setembro no Iate Clube.

– No Iate?!... Bicho!... Pra quem gosta de mulher, lá é um prato cheio...

Na véspera do referido baile, Nando, Valdir, Miner, Berbeth e eu, tomamos um ônibus da Viação Catarinense e partimos para Floripa. Lá chegando, nos hospedamos num hotelzinho e à noite fomos jantar na casa de um amigo de infância de Nando, onde entre vinhos, queijos e boas gargalhadas a noite voou.

Na noite do dia seguinte, enquanto nos preparávamos para o esperado baile de debutantes no Iate Clube, Valdir profundo conhecedor sobre “rabos de saia”, numa rápida reunião com Miner, Berbeth e eu, – por não sermos catarinenses –, nos alertou:

– Turma para esse baile deve vir muitas “coroas” (peruas), as quais vêm simplesmente a fim de mandarem brasa. Portanto, se pintar alguma pra vocês, não fiquem de mamãezagens, não... Entenderam?

Quando lá chegamos, o baile já havia iniciado, ainda assim, conseguimos nos sentar numa mesa próxima à pista de dança e da orquestra. Valdir não perdeu tempo, mal chegou, foi logo dançando enquanto nós quatro esquentávamos as turbinas entre um chopinho e outro. Nesse ínterim, apareceram dois amigos do Nando (Peter e Max), que foram convidados para participarem de nossa mesa.

O baile, bastante animado se encontrava no seu auge quando eu percebi três coroas bem vestida, sentada numa mesa próxima da nossa, donde, uma delas não tirava os olhos de nossa mesa. Lembrando-me das palavras de Valdir e sem que os demais percebessem, vez por outra eu a encarava com aquele olhar de quem não quer, querendo. Mas aí, pensei: “Vou tirar essa coroa para dançar e sentir qual é a dela... Se der samba ótimo e se não der, saio pra outra e “C’est fini.” Todavia, como o Peter vinha me fazendo várias perguntas sobre o Rio de Janeiro e sobre a Escola Têxtil, antes de qualquer ataque, achei por bem dirigir-me a ele e discretamente, perguntar:

– Bicho, como você é daqui de Floripa eu lhe pergunto: Tem Motel aqui por perto?

– Tem... Por quê?

Aí, na maior tranqüilidade, falei:

– Porque têm três coroas sentadas na segunda mesa atrás de você e, uma delas, quer me parecer, que está a fim de “alguma coisa”... Se for o caso e se ela topar eu já saberei para onde levá-la, entendeu?

Peter deu uma discreta olhada e perguntou-me:

– Escuta, você está se referindo a qual das três coroas?

Crente que estava abafando, respondi:

– A narigudazinha, de vestido longo verde sem alças.

Peter franziu a testa, cruzou os braços e antes de retirar-se da mesa, respondeu:

– Pô cara!... Essa aí é a minha mãe!

Diante da “gelada”, eu só não enfartei porque tinha apenas 22 anos de idade. Mas, se fosse hoje...

Nando percebendo a brusca mudança fisionômica do amigo Peter e a ríspida saída da mesa, indagou-me:

– O que houve?

– No hotel eu lhe contarei – respondi arrasado, sem saber onde enfiar a cabeça.

Sempre que eu me encontro com o Nando, em feiras ou congressos, a gozação é a mesma de sempre: “Magno velho, Magno velho... Quem quer falar com você é o Peter!

Um comentário:

Gladstone Praxedes disse...

Caro Amigo, gostaria de noticias do Sr. Antonio Magno, sou amigo dele aqui no RN, se possivel qualquer contato, morei em um apartamento dele em Natal no ano de 1991.

Grato,


GladstonePraxedes