Com repasses de verbas demorados e insuficientes, Bom Jardim terá apenas parte da cidade recuperada.
A exemplo do que acontece nas demais cidades serranas atingidas pela catástrofe do início do ano, em Bom Jardim, a recuperação dos estragos causados pela enchente continua em ritmo moroso, causando apreensão e insatisfação em seus moradores. Por toda a cidade é comum ouvir reclamações da população, que ainda convive com as marcas da tragédia e a mudança na rotina diária a que estava acostumada até o final do ano passado. O município foi um dos mais atingidos pela chuva no início do ano e as marcas da enchente ainda são visíveis na cidade.
Às margens do Rio Grande, vários imóveis já foram demolidos. Mas, quase seis meses já se passaram e a população ainda é obrigada a conviver com o estresse diário de enfrentar engarrafamentos nas duas pontes ora em funcionamento: a do Exército no bairro Maravilha e a da Barra de Santa Teresa. A anunciada utilização das pontes em sistema de mão para uma única direção – para Nova Friburgo pela ponte da Barra e para Bom Jardim pela do Maravilha – parece que não funcionou e agora existem congestionamentos nas duas passagens.
Além disso, a população reclama que o trabalho de recuperação está muito lento. Segundo informações do governo do Estado, para a recuperação de pontes em todas as sete cidades atingidas, será necessário um investimento de R$ 22,5 milhões. Bom Jardim, que teve mais de 20 pontes arrastadas pela força da água, terá apenas 12 delas reconstruídas. Na mais importante de todas, a ponte da RJ-116, as obras praticamente nem começaram.
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