Em dois anos, faturamento de Bom Jardim deve chegar à R$ 350 milhões, com as novas indústrias, diz empresário.

Empresários, diretores de colégio e entidades de BJ visitaram as indústrias CBS e Plastseven

Por Cesar Carvalho

Os diretores dos Colégios Bom Jardim (CBJ), Jeane Copello; Ramiro Braga (CERB), Kátia Zebendo e Santo Agostinho (CSA), Frei Jurandir Silva; os empresários Icelizer Rodrigues e Raygs Monnerat, bem como os presidentes da Associação Comercial (ACIR-BJ), Napolião Silva; do Sindicato Rural, Roberto Monnerat; do Lions Clube, Firmo Erthal e o venerável mestre da Loja Maçônica Rio Branco, Ângelo Lattanzi, entre outros, estiveram no último domingo, 14, visitando as instalações das indústrias de embalagens plásticas CBS Elos e Plastseven, ambas situadas em Barra Alegre, quarto distrito de Bom Jardim. O grupo foi recebido com um bem preparado café da manhã na CBS Elos, pelo industrial Oswaldo Rezende Filho, que falou aos visitantes sobre a vinda da indústria paulista para Bom Jardim, atraída pelos incentivos fiscais do governo estadual e por facilidades concedidas pela prefeitura local.
Falando ao grupo, durante o café, Oswaldo lembrou de como começou, desde muito novo, sua luta pela vida, no início, com apenas oito anos de idade, trabalhando como engraxate e vendedor de pipa, até chegar a ser dono de uma grande indústria, a CBS, instalada a partir de 1988, e depois, em 2001, fundida à Elos, na cidade paulista de Arujá. Falou também das dificuldades iniciais da montagem da nova indústria em solo bom-jardinense, em meados de 2005, até a mesma entrar em funcionamento, num investimento total de mais de R$ 6 milhões em obras e ainda mantendo estoque operacional de mais de R$ 20 milhões em matéria-prima. Com orgulho, disse que hoje, a CBS Elos de Bom Jardim está operando com 114 funcionários e produzindo cerca de 80 milhões de sacos plásticos por mês, atendendo encomendas de todo o país. "Começamos com um caminhão trucado, com 12.000kg de polietileno – a matéria-prima usada para produção de sacolas plásticas – e hoje compramos 80 carretas por mês, o que dá 2.000 toneladas mensais para as duas fábricas", enfatizou Oswaldo, dizendo ainda que, se hoje, o faturamento do município gira em torno de R$ 35 milhões, em dois ou três anos, esse número deve ser dez vezes mais, ou seja R$ 350 milhões. "Imaginem o ICMS que isso vai gerar!", exclamou
Segundo ele, a única deficiência encontrada na região foi a baixa qualidade de energia elétrica, sujeita a constantes interrupções e causando, por isso, muitos prejuízos, com as paralisações momentâneas da produção, a perda de tempo e de material. O problema, entretanto, já está sendo sanado, com a nova subestação da Ampla, que começa a ser construída no distrito, que deverá entrar em operação em maio de 2009. Mas, com algumas máquinas paradas e aumento crescente da demanda, Oswaldo resolveu não esperar e já está montando sua própria subestação geradora de energia, a exemplo do que já fez a vizinha e concorrente, a Plastseven. "As coisas estão acontecendo, não podemos ficar parados, esperando pela iniciativa dos outros. Temos que tomar nossas próprias iniciativas", finalizou o empresário, que em seguida, levou os visitantes para conhecer as instalações da monumental fábrica e ver de perto todo o processo de produção, cuja cadeia produtiva começa com a transformação da matéria-prima – o polietileno – até o produto final, já embalado e pronto para ser entregue aos clientes.
Visita à Plastseven – Após conhecerem de perto a portentosa CBS Elos, a comitiva de empresários e autoridades rumou para a unidade fabril da Plastseven, também situada na RJ-146, onde foi recebida pelo gerente da filial bom-jardinense, João Machado. João informou que a matriz, localizada em Mogi-Guaçu (SP), conta atualmente com 250 funcionários, enquanto a filial está operando com 140, mais os terceirizados. "A Plastseven processa aqui o polietileno – que é uma matéria prima oriunda do petróleo – em produto acabado. A grande maioria dos produtos vai para São Paulo, onde é distribuída aos clientes", disse ele. Entre os maiores compradores dos produtos da empresa estão as grandes cervejarias, como a Ambev – que produz as famosas marcas Brahma, Skol, Antarctica e Bohemia – e a Schincariol.
A exemplo do que ocorreu na CBS Elos, na Platseven, os visitantes também conheceram todo o processo industrial, através de suas várias etapas. João falou também que a empresa construiu uma subestação para geração de energia elétrica própria, a fim de evitar os prejuízos com as constantes quedas na energia fornecida pela Ampla e revelou que, aproveitando um bom momento em que vive a Plastseven de Bom Jardim, a fábrica será ampliada, duplicando a sua capacidade de produção, que está atualmente trabalhando no limite. Com a ampliação, a empresa também vai ganhar um restaurante. "Atualmente, a comida vem de Barra Alegre, mas brevemente, vamos ter um restaurante funcionando dentro da própria empresa, com uma cozinheira e uma nutricionista, cuidando das refeições dos nossos funcionários", disse. Sobre a ampliação, João disse que as obras ainda estão no fundamento, devendo ser concluídas em cerca de um ano e meio a dois anos.
Após o encerramento da visitação, e como parte da programação, os empresários e as autoridades participaram de um almoço, inicialmente marcado para acontecer em Barra Alegre, depois transferido para o restaurante Casarão, no centro de Bom Jardim.