quinta-feira, 13 de agosto de 2009

CONVIVÊNCIA NO AMBIENTE DE TRABALHO

"Ninguém é igual a ninguém. Todo ser humano é um estranho ímpar". (Carlos Drummond de Andrade)

Todos nós, em algum momento, no ambiente de trabalho ou fora dele já passamos por algumas situações que podem exigir de nós muita calma e paciência. São situações muitas vezes desagradáveis, mas que fazem parte da nossa convivência do dia a dia.

No ambiente de trabalho, seja qual for a nossa ocupação, há momentos em que temos que conviver com pessoas que não apreciamos, seguir normas que nem sempre concordamos ou fazer coisas de um modo que nem sempre pensamos que é a melhor forma.

A palavra conviver tem origem latina e significa viver com. Desde o nascimento nós sempre vivemos com. Primeiramente com os membros da família, depois com os integrantes da escola, e na vida adulta, passamos a conviver com os colegas de trabalho. E é nesta terceira etapa que todos os nossos conceitos sobre convivência são mais testados. Para viver em sociedade, haja paciência!

A arte da convivência começou em tempos muito remotos, quando nossos ancestrais perceberam que unidos se tornavam mais fortes para vencer as dificuldades e garantir a sobrevivência. Desde então, temos vivido em sociedade.

Convivemos, não somente porque dependemos uns dos outros para sobreviver, mas também porque a convivência nos influencia e nos transforma.

Apesar disto, parece que a maior causa de aborrecimento de um ser humano tem sido... outro ser humano.

Conviver não é, mesmo, uma tarefa fácil. A dificuldade está no fato de que cada indivíduo possui uma bagagem de informações e de concepções adquiridas ao longo de suas experiências de vida que podem se chocar com as concepções de outros indivíduos.

Por isto, é natural que em qualquer ambiente de trabalho existam pessoas com as mais diversas personalidades e os mais diversos tipos de comportamento. Tem um pouco de tudo.

Há pessoas que falam sempre muito alto, são tagarelas, tiram a nossa concentração. Outros são metidos a engraçadinhos, sempre com uma piadinha ou alguma brincadeirinha de mau gosto. Há, ainda, os sabichões, pessoas que sabem de tudo e estão sempre se metendo em tudo.

E não estamos livres de ter que conviver com pessoas cujos hábitos higiênicos são, mesmo, muito pouco higiênicos.

O fato é que muitas vezes chegamos perto do limite da nossa tolerância. E por incrível que pareça, estas pessoas não percebem o dano que estão ocasionando, nem o incômodo que estão provocando.

Grande parte do tempo que temos para realizar nossas tarefas, nós o passamos convivendo no ambiente de trabalho. E é importante considerar que a qualidade final de qualquer tarefa que executamos depende de 2 fatores: do trabalho, propriamente dito e das relações interpessoais.

É muito comum encontrarmos pessoas aptas a realizar o trabalho, porém com péssimo relacionamento ou, ao contrário, pessoas maravilhosas para se tratar, mas sem experiência, sem aptidão.

Quando o problema é a falta de aptidão, geralmente as empresas são pacientes. Procuram desenvolver o funcionário, colocando junto ao novato uma pessoa mais experiente para explicar como as coisas devem ser feitas ou, então, providenciam um treinamento específico para que ele desenvolva sua aptidão.

Porém, quando o problema é de relacionamento interpessoal é que o bicho pega. Não são poucas as vezes em que pequenas coisas, dia após dia, acabam por construir um ambiente de trabalho insuportável.

O educador Eugenio Mussak tem grande clareza quando diz que “o ser humano é um ser social, mas infelizmente ainda não aprendeu a viver em sociedade”. Para viver em sociedade, é necessário ter lucidez e saber tolerar críticas, tirando proveito do que alguém esteja querendo nos mostrar.

Ser criticado e aceitar críticas são sentimentos difíceis para qualquer pessoa. No entanto, esta atitude tem sido considerada como uma das mais valorizadas características do profissional do mundo de hoje, além de ser o bom resultado da convivência.

Olha só! Pense um pouco no seu ambiente de trabalho e faça uma pequena análise. Perceba o quanto você tem contribuído para torná-lo melhor e o quanto você tem conjugado os verbos colaborar, compartilhar, repartir, ajudar, entender e, sobretudo, tolerar.

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