quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Coluna do A. Magno

"Antes que alguém conte, eu contarei..."

A. Mago

Um grande amigo nos convidou para irmos até Cabo Frio – a última vez que lá estive foi em 1970. Nosso plano de viagem foi irmos pela estrada Serra Mar e retornarmos pela Via Lagos.
Bem cedo tomamos o carrão do amigo e caímos na estrada. Mas, como pelo Nordeste quase não se tem serras e, muito menos cheias de curvas, um dos presentes estranhou a ponto de termos de parar um pouco para algumas boas respiradas e tudo voltar ao normal.
Em Cabo Frio, depois de visitarmos e fotografarmos os pontos turísticos resolvemos retornar. Tão logo pegamos a bela estrada combinamos parar em Cachoeira de Macacu para comermos “coalhadas”.
Lá pelas 19 hs estacionamos o carro na queijaria, demos um rolé até o banheiro, retornamos e encostamo-nos ao balcão, quando uma garçonete, aproximou-se e nos disse:
– Pois não? ...
Nosso amigo pediu coalhada e pão de queijo. Luciana pediu pão de queijo e “canjica”. A garçonete meio sem graça, perguntou:
– Canjica?!
– Sim, canjica. Olha ali. – apontou Luciana para as papas de milho, que no Nordeste, chama-se canjica.
Após servi-la, a garçonete perguntou-me:
– E o senhor?...
– Bem, eu vou de pão de queijo e “coalhada”
– Para adoçar o senhor prefere açúcar, adoçante ou mel?
– Prefiro mel de abelhas.
A garçonete então trouxe o pão de queijo, a coalhada num copinho de plástico tampado e uma garrafinha de plástico com mel. Aí, dei uma bocada no pão e exprimi a garrafa com mel sobre a coalhada. Como o mel não se misturou à coalhada, apanhei uma colherzinha e mexi o mel. Mas, nada... Aí, pensei: “Que sacanagem!... Será que essa garçonete me deu uma coalhada congelada?”
Enquanto eu lutava para misturar o mel à coalhada, a garçonete olhava-me com o rabo do olho, provavelmente, pensando: ”Que velho doido!” Mas, Luciana que se encontrava atenta a meu lado, perguntou:
– Ó Tuninho o que é que você está tentando fazer?
– Ué! To querendo misturar o mel à coalhada, mas até agora, nada...
Luciana deu uma gargalhada e exclamou:
– Óxente, Tuninho! Se você tá querendo isso, então, pelo menos retire a tampa do copo da coalhada se não, não dá!...
Aí, vendo a bostice que estava fazendo, fugi dos olhares da garçonete e mesmo sob gozações, tracei a coalhada.

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