sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Sem igualdade não dá!

Thiago Dias

Às vésperas das eleições, seria reviver “clichê” ao abordar temas como “não venda o seu voto”, “ficha limpa”, etc. Acredito que tais critérios já foram apresentados pelas campanhas midiáticas voltadas para as eleições 2010. Porém há detalhes que, às vezes, passam desapercebidos e precisam chegar intensamente às pessoas como forma de reflexão.

Não quero me apresentar como partidário e sim imparcialmente, como alguém que enxerga na igualdade, em todos os setores, uma forma de revolução.

Não vou me aprofundar na lei, mas todos os brasileiros (de acordo com as normas legais) têm direito a disputar uma eleição. Com o advento das campanhas políticas via tv, os candidatos têm 50 minutos para expor propostas e ideias. E é exatamente esta questão, a de tempo dos candidatos que me deixa inquieto. Deveria ser lei uma igualdade de tempo para todos os candidatos. Não entendo o porquê de privilégios para alguns, afinal perante a lei todos são, ou deveriam ser iguais.

O horário eleitoral altera a programação das emissoras com quase uma hora de mensagens políticas e se o horário é dos políticos, todos eles deveriam ter “voz e vez” de forma democrática. Neste momento eu me pergunto: o Brasil tem nove candidatos à presidência da republica. Três deles eu sei que grande parte da população conhece. E os outros seis? Por que não tem a mesma acessibilidade que os seus concorrentes? A meu ver nenhuma explicação seria satisfatória para me convencer de tamanha injustiça.

Os candidatos A, B e C (esta última nem tanto) podem discorrer sobre vários temas. Revelam propostas e se assumem como aptos para governar o país. Não se discute se são capazes ou não e sim a diferença de tempo existente perante os demais. Já que o povo brasileiro, nesta época do ano é quase obrigado a assistir ao horário eleitoral gratuito, que mais parece um resquício da ditadura militar, insisto em afirmar que deveria imediatamente rever essa situação.

E infelizmente a própria tv em seus debates políticos apresentam sempre os mesmos candidatos, como se eles fossem os únicos na disputa eleitoral. Penso que a igualdade de tempo só traria benefício à população, afinal se alguém se dispôs a se candidatar é porque tem algo de bom a oferecer. E mesmo que tal candidato não seja eleito, uma suposta sugestão vinda dele poderia servir de exemplo benéfico para o futuro representante da pátria e como forma de reivindicação do povo brasileiro.

Não digo que essa mudança seria a solução do problema da política brasileira, mas com certeza simbolizaria maior igualdade. Sem igualdade, não dá!

Nenhum comentário: