sábado, 22 de janeiro de 2011

Ponte metálica começa a ser montada em Bom Jardim

Exército instala ponte flutuante para pedestres no bairro Maravilha

Aos poucos, a cidade de Bom Jardim, que ficou isolada por causa das chuvas, está voltando a ter acesso por terra. Neste sábado, 22, o Exército instalou uma ponte flutuante para a passagem de pedestres, que vai substituir a ponte provisória, que permite o acesso entre os bairros que ficaram isolados e o centro da cidade. Com a travessia sobre o Rio Grande interrompida, a ajuda aos moradores só era possível chegar pelo ar, com o auxílio de helicóptero da Marinha e da Força Aérea Brasileira (FAB). Já a ponte metálica, que começa a ser montada no lugar da improvisada pinguela, permitirá a passagem de veículos, capaz de suportar até 70 toneladas, começa a ser montada a partir deste domingo, 23, sobre o Rio Grande, no bairro Maravilha.

Toda a estrutura metálica para montagem da ponte veio do Rio do Grande do Sul, em um comboio com cinco caminhões e 60 homens do Exército. Ela substituirá a ponte antiga que ligava Bom Jardim a Nova Friburgo e que foi destruída após a enchente da semana passada. Segundo o vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, a base da ponte deve estar concluída na próxima segunda-feira, 24, se as condições climáticas forem favoráveis.

Um dos engenheiros contratados pela Rota 116, João Peres, de 56 anos, ficou responsável pela retirada dos escombros da ponte que desabou. Os técnicos trabalham com a ajuda de duas máquinas retroescavadeiras. Enquanto a ponte não fica pronta, os moradores de Bom Jardim improvisaram uma passarela de pedras e madeira. Ela é cercada por arame para evitar que as pessoas caiam no rio. O pedreiro Jorge Luiz de Souza, de 35 anos, toma conta da passarela para evitar que muitas pessoas passem ao mesmo tempo no local. Ele contou que perdeu todos os imóveis durante o temporal de terça-feira, 11. "Eu fico aqui monitorando a passagem. Eu libero a ida e a volta por cinco minutos, em esquema de revesamento. Eu perdi todos os meus pertences, mas pelo menos não perdi a casa. O que importa é ajudar todo mundo" revelou. Antes da passarela ser construída, os moradores atravessavam de botes de um lado para o outro para buscar alimentos, água e donativos.

A costureira Maria Dilza Toledo, de 46 anos, está sem água em casa desde o dia da tragédia na serra fluminense. Ela mora no bairro São Miguel com dois filhos e está abastecendo a casa com doações. "Estamos buscando água nos locais de doação. Estamos sem tomar banho direito desde a semana passada", disse. De acordo com os moradores, parte do município ainda está sem água. A luz já foi restabelecida. O serviço de telefonia fixa ainda está interrompido. A rede bancária e a agência dos correios e o Bazar do Paulier permanecem inoperantes até então. Apenas a agência lotérica local está funcionando.

Confira no vídeo abaixo algumas das imagens da enchente em Bom Jardim:

http://www.band.com.br/jornaldaband/conteudo.asp?ID=100000392106

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