sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Tribuna do Leitor - Aqui o leitor e o internauta têm vez e voz!

NEULZA NERY DE SÁ - Filha apresenta agradecimentos

“Há momentos na vida que são inesquecíveis. O Jornal Mais me proporcionou este momento. Ao ver publicada na edição n° 486 a homenagem prestada por Carlito a minha mãe Neulza, recebi isto como um lindo presente de Natal. Eu e minha família agradecemos pela sensibilidade, pelo carinho em especial a você, Luiz Antonio Dias, por sua amizade. Não há palavras para expressar nossos agradecimentos.

Que o Ano Novo seja cheio de felicidades, saúde, paz e muitos sucesso para você e para todos deste jornal. Muito Obrigada. Um grande abraço”.

Nélia (filha de Neulza Nery de Sá) & Família

Bom Jardim 26/12/2010

Neto fala da inesquecível - e amada “Gogó” Neulza

“Caro Luiz Antonio Dias: Inicialmente quero desejar a todos do jornal mais um grande ano.

Escrevo para agradecer sobre minha avó Neulza, lembrada na edição 486. Toda a família de minha mãe e de minha tia Alba ficamos felizes com a homenagem feita por Carlito, um ex-aluno, morador de Bom Jardim e conhecido por todos na cidade.

Quando encontro alguém que foi aluno de minha avó Neulza (chamada por seus netos por Gogó pois a neta mais velha, Mônica, não sabia falar vovó e só conseguia “Gogó” que se tornou então o nome para vovó, chamada por nós, seus netos) todos lembram de “D. Neulza” como uma grande professora, como descrito ali por Carlito.

Quando criança, na casa de minha Gogó, além das várias atividades de crochê, tricô, bordado, pintura, realizados com grande técnica e beleza, ela sempre recebia os netos com alegria. Os livros de sua casa ficavam ao alcance da mão, em grandes estantes, que eu vivia folheando. Qualquer dúvida minha, ela respondia e juntos esclarecíamos alguns pontos que surgiam, em seus dicionários e enciclopédias.

Coleções completas de Machado de Assis, dicionários vários, enciclopédias, livros de grandes autores como Victor Hugo, Poe, Dumas e outros que não me lembro agora, contos, livros de poetas brasileiros, livros sobre homens e mulheres importantes, Filologia (que à época nem sabia o que era). Para mim aquela parte da sala onde ficava a estante era uma mina, um tesouro. Mais de uma vez, eu ainda pequeno, Gogó brigava comigo por tentar escalar a estante em busca de um livro que minha altura não conseguia pegar, e como um aventureiro tentava alcançar aqueles pequenos tesouros pendurados nas prateleiras, sem prever que a minha pequena mina poderia desmoronar sobre mim.

Minha Vó nos deixou há quase vinte anos. sua herança para mim foi seu amor, carinho, perseverança e firmeza, de lembrar os erros mas não lamentá-los; de seguir em frente apesar deles. Mas o maior de todos os seus bens ainda é muito vivo em mim: vontade de aprender que não acaba. Hoje, como professor, percebo as dificuldades que ela encontrou ainda nova, somente com um quadro-negro e giz, indo educar várias gerações de meninos e meninas de São José do Ribeirão onde iniciou, e depois Bom Jardim. Atualmente, nós professores possuímos vários acessórios, técnicas, programas, computadores para nos ajudar e auxiliar. Porém, educar continua sendo instigar, indagar, contestar, trocar conhecimento e mais importante, despertar a curiosidade como Gogó fazia com sua estante de tesouros.

Um grande abraço e novamente agradeço,

Felix Carriello (por e-mail) em 05/01/2011

Nenhum comentário: