quinta-feira, 19 de novembro de 2009

União contra as forças da natureza

Jorge Picciani (*)

Na semana passada, o alto índice de chuvas que caíram em poucas horas, alagaram cidades inteiras, desalojaram famílias, deixaram alunos sem aulas e causaram um nó no trânsito nos municípios da Baixada Fluminense, e em outras regiões do estado. Evento que ocorre todos os anos, estas chuvas nos chamaram a atenção para a necessidade de vigilância constante, da integração entre os Governos e, principalmente, para a importância da prevenção.
Nos últimos meses, rios assoreados há anos vem recebendo a atenção do governo do estado que implantou o programa Limpa Rios. O simples desassoreamento já contribui para que as cheias ocorram com menor intensidade. Mas, junto a isso, há a necessidade de que seja feito um trabalho permanente junto às nossas bacias e que a população se conscientize para que não polua os rios, não construa nas suas margens e nem jogue entulhos neles. E, neste ponto, há que destacar a importância da Defesa Civil Estadual e das defesas civis municipais, que atuam fortemente nestas ações de prevenção.
A natureza é implacável. E quanto a isso, só nos resta sermos ágeis para minimizar o sofrimento daqueles que vêem a sua casa ser invadida pelas águas, a lama tomar conta dos cômodos, eletrodomésticos que foram comprados com o suor do rosto se estragarem em poucas horas. Em meio ao caos, no entanto, a agilidade das autoridades e uma boa notícia fizeram com que pudéssemos ao menos trazer algum conforto para as vítimas das enchentes. Na quinta-feira, enquanto ainda eram contabilizados os estragos causados pelas chuvas, o Ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, e o governador Sérgio Cabral anunciaram um investimento conjunto de R$ 72 milhões nas cidades atingidas pelas chuvas de janeiro deste ano.
Esta verba, somada aos R$ 20 milhões que a Alerj entregou logo no início do ano às cidades que foram destruídas pela força das águas, fruto da economia feita pelo nosso Parlamento, contribui de forma concreta para que possamos minimizar o sofrimento da população. Ao atuarmos emergencialmente, logo após as intempéries, demos a nossa contribuição para que a normalidade fosse retomada e preparamos as cidades para que, com este dinheiro que agora chega, elas possam investir na infra-estrutura e impedir que outros desastres ocorram.
Aproveitando a visita do ministro, que havia sido programada com antecedência, o governador reuniu os prefeitos das cidades da Baixada atingidas pelas chuvas da noite anterior e chamou a atenção do ministro para a importância de que investimentos como estes cheguem com mais velocidade às cidades para que elas possam agir e retornar à sua normalidade rapidamente.
Tenho certeza de que ainda que não possamos frear a força das águas, se nossa população, que sempre demonstra solidariedade nestes eventos, também puder contar com as autoridades constituídas e com a seriedade dos governos, muito deste sofrimento pode ser minimizado. E é para isso que trabalhamos na Assembléia Legislativa do Estado do Rio: para que o interesse público, representado pelo trabalho conjunto das autoridades, esteja sempre em primeiro lugar.

(*) Jorge Picciani é presidente da Alerj.
www.jorgepicciani.com.br.

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