quarta-feira, 18 de maio de 2011

Ponte da RJ-116: Rota "enrola", finge que trabalha, para justificar cobrança de pedágio

CESAR CARVALHO (JORNAL MAIS) - A população de Bom Jardim e os usuários da RJ-116 não aguentam mais o descaso da Concessionária Rota 116, do governo do estado, do DER e da Agetransp, que estão “enrolando” e “empurrando com a barriga” a obra de reconstrução da ponte no km 102 da rodovia, na altura do bairro Bem-Te-Vi Amarelo. Para justificar a cobrança do pedágio, que havia sido suspensa por ação civil pública, mas que, inexplicavelmente, foi retomada, a Rota “enrola” e finge que trabalha, colocado uma máquina para ficar empurrando pedras para um lado e para o outro dentro do rio, conforme demonstra uma montagem fotográfica feita com fotos tiradas no local, que vem sido distribuída por e-mail à imprensa e aos usuários da rodovia.
Há mais de um mês atrás, a Rota montou seu canteiro de obras na cabeceira da ponte, colocando container, banheiro químico e placa alusiva à obra e depois fez grande estardalhaço na imprensa, para anunciar a chegada de placas de concreto, que segundo os engenheiros da mesma, seria para construir um grande viaduto no local. Disseram que mais materiais estariam chegando na semana seguinte e que a construção do tal viaduto seria iniciada logo após a Semana Santa. Mas, depois, o que se viu foi só o silêncio e o marasmo, num total descaso com os problemas enfrentados pela população de Bom Jardim, que tem que conviver com todo o trânsito pesado da rodovia passando por dentro do centro urbano e danificando suas ruas, que não foram feitas para suportar tal movimentação de veículos.
Na manhã chuvosa do dia 12 de janeiro, entre as pessoas que observavam a cheia do rio, alguém filmou o momento exato em que a ponte desabou. Na filmagem, que pode ser vista no site You Tube, na hora em que a ponte vem abaixo, alguém pronunciou a fatídica frase “Xiii, agora fu....!”, profetizando o que viria a acontecer logo depois. Veja na ilustração a montagem das fotos e o “trabalho” de reconstrução da ponte, que há mais de quatro meses foi destruída pela enchente do Rio Grande.

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