terça-feira, 17 de maio de 2011

Travessia perigosa: Ponte provisória construída no bairro de Fátima coloca usuários em risco

Com a destruição da ponte de concreto pela tempestade de janeiro, a municipalidade providenciou a construção de passagem provisória. Mas o improviso está colocando em risco os usuários. A ponte de madeira construída sobre o ribeirão do Capitão, na altura da localidade conhecida como Bairro de Fátima, inspira cuidados redobrados e perícia por parte de motociclistas e motoristas. O fato foi constatado pelo professor e jornalista Marlon Antônio Rodrigues da Silva, responsável pelo site Portal Bom Jardim (www.portalbomjardim.blogspot.com), o qual afirma que vários são os motivos que justificam o alerta, os quais são listados a seguir.

A ponte tem uma óbvia falha na construção: as grossas tábuas (pranchas) ao longo de seu comprimento, supostamente colocadas para os veículos transitarem sobre as mesmas, foram fixadas a distância maior que a largura dos eixos dos carros. Como resultado, os motoristas devem fazer os veículos passarem com metade das rodas sobre as tábuas e a outra metade no assoalho central da ponte. Pelas marcas existentes na madeira, nota-se que vários veículos não conseguiram passar dessa forma, podendo ter danificado pneus ou pelo menos causado instabilidade temporária na direção. Algumas das citadas tábuas estão parcialmente soltas, provavelmente devido ao trânsito intenso, inclusive de caminhões e tratores.

O trecho da estrada improvisada para dar acesso à ponte apresenta inclinação elevada demais. Como não há qualquer tipo de pavimentação, a passagem normal de veículos movimenta o material colocado (pedra britada e pó de pedra) produzindo buracos e mais material solto. Como resultado, com pouco tempo de uso o trecho fica perigosíssimo, obrigando os motoristas a embalarem sobre a ponte para terem velocidade suficiente para superar o obstáculo. Claro está que tal manobra oferece riscos aos veículos e aos usuários. Como mediada paliativa, tem sido feita uma constante manutenção no local, que resolve o problema por poucos dias.

Os riscos para vencer tal obstáculo são patentes. Motocicletas e carros de passeio já derraparam inúmeras vezes no local. Diversos veículos precisaram descer perigosamente de ré até a ponte, pois não conseguiram subir a ladeira em baixa velocidade. Moradores contam que até um veículo que trabalha com transporte escolar, cheio de estudantes, teve que realizar a perigosa manobra. E a solução é simples e barata: afixar adequadamente mais algumas tábuas, para corrigir a falha na construção; prender as que estão soltas e pavimentar o pequeno trecho íngreme que oferece perigo. No mais, é torcer para que as providências necessárias sejam tomadas antes que algo grave aconteça.