sexta-feira, 29 de abril de 2011

BASTIDORES DA CÂMARA - 25 DE ABRIL DE 2011

Atraso na construção da ponte e a indenização milionária para a concessionária causam indignação

A falta da ponte na rodovia RJ-116, quase quatros meses depois de ser levada pela enchente, com a conseqüente demora para o início das obras de reconstrução, e a notícia da indenização de R$ 7,5 milhões a ser paga pelo estado à Concessionária Rota 116, foram os principais assuntos discutidos pelos vereadores bom-jardinenses durante a sessão da última segunda-feira, dia 25. A vereadora Simone Capozi elogiou a reportagem de capa da edição anterior do JORNAL MAIS, destacando os 100 dias após a grande tragédia, com o problema ainda sem solução, bem como a notícia sobre a indenização deliberada pela Agestransp em favor da Rota 116.

Simone enfatizou o descaso da Agetransp, do DER e da Rota 116, que apenas colocou algumas placas de concreto armado no canteiro de obras, que no momento se encontra completamente abandonado, enquanto motoristas perdem minutos preciosos na travessia da ponte metálica do Exército, montada provisoriamente no bairro Maravilha. A vereadora considerou ainda um absurdo a Rota receber a milionária indenização a ser paga pelo estado, em ressarcimento pelos incidentes causados pela catástrofe de janeiro. “Enquanto parte da população perdeu suas casas e os recursos prometidos pelo governo não estão chegando aos empresários afetados, o dinheiro do contribuinte vai para os cofres da Rota”, indignou-se a vereadora, repudiando a atitude da Agetransp.

Seu colega Carlos Gastão também ocupou a tribuna para repudiar o fato de a Rota ser “premiada” com vultosa quantia, sem que a mesma tome qualquer iniciativa para começar a reconstrução da ponte o mais rapidamente possível. “Isso é um absurdo, uma covardia que estão fazendo com a população. Pelo visto, vamos ficar esse ano todo sem a ponte”, concluiu o vereador, levando em conta que uma obra desse porte, depois de iniciada, ainda levará vários meses para ser concluída. O edil Ademyr Faria, por sua vez, também classificou como vergonhoso o fato de a Rota receber tanto dinheiro e nem sequer se preocupar em dar início às obras da ponte. “Estão querendo enganar o povo, achando que nós somos idiotas. É uma falta de respeito muito grande com a população o governo do estado ter que pagar essa indenização milionária”, acrescentou Ademyr durante a sua fala.

Recuperação de ruas em Banquete e pavimentação para o Retiro

As ruas centrais do distrito de Banquete, bastante danificadas pela enchente de janeiro e pelo aumento no tráfego de veículos, que passou a ser feito pelo local, foram motivo de indicação de autoria do vereador Carlos Gastão, já aprovada na Câmara, pedindo ao Poder Executivo a total recuperação de sua pavimentação em paralelepípedos. O edil afirmou as ruas do distrito, assim como de outros bairros, como São Miguel, que sofreram com a enchente e o aumento do fluxo de veículos, precisam ser recuperadas, pois estão com diversos afundamentos, já que não foram preparadas para suportar o trânsito excessivo.

Outra indicação do vereador foi a pavimentação em paralelepípedos ou asfalto da rua de acesso ao Retiro, um sonho antigo dos moradores. Em contato com o prefeito Paulo Barros, o edil soube que já existe verba para pavimentar o trecho desde a entrada, na RJ-116, até a ponte. Segundo Gastão, o ideal seria pavimentar até o final da rua, num total de 5km, mas qualquer trecho que for feito irá ajudar muito os moradores.

Trânsito caótico no centro e compreensão de motoristas

Depois de citar diversas reclamações de motoristas quanto ao trânsito caótico no centro da cidade, o vereador Ademyr Faria disse que a prefeitura está fazendo a sua parte, realizando a pintura de faixas nas ruas centrais. Enfatizou, entretanto, que muitos motoristas não estão respeitando os locais delimitados para estacionamento e param sobre as faixas de pedestres, que são prolongamentos das calçadas. Disse que ele mesmo, inadvertidamente, parou com uma parte do carro sobre uma faixa, no que foi alertado por um agente de trânsito, tendo que recuar o seu veículo. Falou também que a prefeitura criou oito vagas para motocicletas no centro, mas que invariavelmente, estão sendo ocupadas por automóveis, num claro desrespeito às leis de trânsito.

Proliferação de insetos e ratos também preocupa vereadores

A infestação de moscas, ratos e do mosquito transmissor da dengue também continuam preocupando os vereadores de Bom Jardim. Para ajudar a resolver o problema, Ademyr Faria pediu ao presidente da Câmara Jorge Quintes para enviar um ofício à Vigilância Sanitária, solicitando que o carro fumacê atenda todos os bairros da cidade e percorra as ruas com mais frequência. A proliferação de moscas no centro e outros bairros, invadindo a residência e o comércio, principalmente na hora das refeições, também foi outro fato que chamou a atenção da vereadora Simone Capozi. Ela disse que os moradores estão cobrando providências a respeito, pois o foco de moscas e mosquitos que apareceram depois da enchente é muito grande, podendo causar doenças, como a dengue. Simone e Ademyr também falaram da grande quantidade de ratos, que infestam as ruas e invadem residências.

Homenagem foi pela morte do já saudoso ‘ZÉ PURINA’

Na edição passada desta coluna, devido a uma falha obtida durante a própria sessão, cometemos um duplo erro na nota entitulada “Minuto de silêncio pela morte do Sr. José Apolino”, circunstância ocorrida por iniciativa do vereador Ademyr Gomes Faria. As informações corretas envolveram o sentido falecimento do Srº JOSÉ ANTONIO MACHADO MENDES e não José Luiz Mendes, conhecido por “ZÉ PURINA” e não José Apolino, pai da admirada jornalista Ana Amélia Mendes da PMBJ.

Além de renovarmos nossas condolências à família por tão sentida perda, publicamente também pedimos desculpas pelos equívocos de nossas menções na edição anterior.

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