quarta-feira, 20 de abril de 2011

OS PREFEITOS DE BOM JARDIM e SUAS OBRAS

Benedicto Coube de Carvalho (3º e último mandato-1983/1988)

Erthal Rocha (*) - O Prefeito Benedicto Coube de Carvalho (foto) assumiu o seu 3º mandato em janeiro de 1983, tendo como vice Humberto Bérgamo Júnior, o popular Betinho, ligado ao ramo de corretagem de imóveis.

O ponto alto do último mandato de Benedicto foi a retificação e o alargamento da RJ-77, ligando Bom Jardim a Monte Café, passando por São José e Barra Alegre executada pelo DER/RJ. Após a retificação, a estrada foi encurtada em 6 km e beneficiou, além da população, 270 produtores agrícolas. Mais tarde, ela foi asfaltada também pelo DER/RJ nas gestões dos Governadores Chagas Freitas e Moreira Franco. Vale recordar que o projeto inicial de retificação foi elaborado em 1966, pelo DER/RJ na gestão do Governador Paulo Torres, por iniciativa do deputado Alberto Torres, representante de Bom Jardim na Assembléia Legislativa. A RJ-146 tem o nome do vereador José Alberto Erthal, sendo uma das mais importantes vias do município. Cobre vasta região agrícola e ao longo da qual se instalaram diversas e importantes indústrias. Barra Alegre foi o distrito escolhido para a instalação de várias filiais de indústrias de médio e grande porte, na gestão Affonso Monnerat, graças também aos esforços do Secretário de Agricultura e Desenvolvimento Tadeu Erthal.

Outra obra meritória de Benedicto, coroando sua última gestão, foi a construção do novo prédio da Prefeitura – foto -, no final da Rua Nilo Peçanha, já na Praça Gov. Roberto Silveira, próximo ao Fórum e a Delegacia de Polícia. Trata-se de uma construção moderna em quatro andares, na qual, além do gabinete, foi instalada adequadamente a maioria das secretarias municipais. A antiga estação da Leopoldina tornara-se acanhada para acomodar o executivo do município, em fase de em desenvolvimento.

Benedito continuou cuidado da zona urbana. Abriu e arborizou diversas ruas. Preocupada com os distritos, adquiriu veículos e maquinários, tendo em vista que a situação financeira da Prefeitura tinha melhorado sensivelmente em comparação às administrações anteriores. Releva notar a independência financeira dos municípios só viria a ocorrer em 1988, com a promulgação da Constituição Federal, nos últimos meses de sua gestão.

Não esqueceu o Prefeito de zelar pelos cemitérios, ampliando seus locais na sede e nos distritos.

Benedicto não seguiu a tradição. Não deu oportunidade aos vices de, eventualmente, assumir o mandato. Nunca se licenciou, apesar de ter permanecido durante doze anos à frente do poder executivo municipal. Privou nossos conterrâneos Olavo da Rocha Erthal, Samuel Souza e Humberto Bérgamo Júnior de ostentarem em suas biografias que tivessem sido prefeitos da terra natal.

Com alguns problemas do município não resolvidos, as três gestões de Benedicto Coube de Carvalho tiveram saldos positivos. Deixou a Prefeitura com aplauso da população e popularidade, que sempre cultivou, como político populista.

(No próximo artigo, focalizarei a administração Mário Nicoliello, que faleceu no curso do mandato).

(*)Célio Erthal Rocha é advogado, jornalista, membro do IHG/BJ e articulista do JORNAL MAIS BJ - E-mail: erthalrocha@com.br

Um comentário:

Beth disse...

E a construção das pontes... como estão, como fica?