Motoristas estacionam sobre faixas de pedestres e junto a rampas para deficientes, entre outras infrações.
O crescimento do número de carros emplacados na cidade e o inevitável aumento no tráfego pelas ruas centrais da cidade, ocasionado também pela queda da ponte e interrupção da RJ-116, acabaram criando inúmeras consequências para o trânsito no centro de Bom Jardim. Entre elas, pode-se observar o crescente desrespeito de motoristas às regras básicas de trânsito e da boa educação. Como sempre, na maioria das vezes, quem mais acaba sendo prejudicado é o pedestre. O problema começa quando os condutores, sem ter onde estacionar, já que as vagas estão ocupadas, simplesmente acabam deixando seus carros em fila dupla ou parando em locais proibidos, sobre faixas de pedestres, junto a rampas para deficientes físicos ou ocupando irregularmente pontos de ônibus e de táxi, locais destinados à carga e descarga e até mesmo vagas para motocicletas.
Alguns leitores chegaram a entrar em contato com a reportagem do jornal MAIS, chamando a atenção para o problema e solicitando providências mais enérgicas por parte do poder público. A boa educação manda que os pedestres sejam respeitados, principalmente pessoas idosas, deficientes, crianças, mulheres grávidas ou com bebês de colo. Em muitos países e em algumas cidades brasileiras, os motoristas diminuem a marcha ou até mesmo param, quando um pedestre demonstra a intenção de atravessar a rua, utilizando a faixa, que na verdade se trata de um prolongamento da calçada. A atitude faz sentido, pois diz a lei que “pedestre na faixa tem preferência”. Além disso, todo motorista, ao sair do carro, também se torna um pedestre e, portanto, sujeito à boa vontade de outros motoristas.
A prefeitura de Bom Jardim está ciente do problema e, inclusive, pintou faixas e colocou placas em diversos logradouros. Os guardas municipais estão nas ruas para orientar a população e o Lions Clube já fez até campanha para tentar disciplinar o trânsito no centro da cidade, mas o desrespeito ao pedestre só tem aumentado. Existe também a promessa, por parte da prefeitura, de aplicar multas aos infratores, o que até o momento não está ocorrendo.
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