terça-feira, 19 de julho de 2011

Principal ponte de acesso a Bom Jardim deve ficar pronta até o final do ano

A informação é do secretário da Reconstrução e ex-prefeito de Bom Jardim Affonso Monnerat, feita durante entrevista ao telejornal RJ INTER TV.

O telejornal local da Rede InterTV, que abrange as regiões Serrana, dos Lagos, Norte-Noroeste e Baixada Litorânea do estado, e que está mostrando uma série de reportagens sobre as cidades atingidas pela chuva de janeiro, exibiu matéria abordando o município de Bom Jardim, na última sexta-feira, dia 15. Depois de lembrar que quase toda a população bom-jardinense ainda sofre os efeitos e as consequências, direta ou indiretamente, da catástrofe natural e muitos tentam continuar a rotina na base do improviso, a matéria citou números da tragédia, que matou uma pessoa e deixou 2.263 desabrigadas ou desalojadas no município. Atualmente 314 famílias, que perderam suas casas ou foram atingidas de alguma forma pela enchente, recebem o aluguel social.

No ginásio poliesportivo Edgar Erthal, a equipe do telejornal mostrou um enorme depósito com muitas doações, que ainda ocupam o local, impedindo sua utilização para prática esportiva e outros eventos. São calçados, roupas, colchões e uma grande quantidade de utensílios domésticos doados pela Receita Federal; material esse que poderia ajudar quem perdeu tudo na tragédia, mas ainda não saiu do galpão. A secretaria de Promoção e Assistência Social, Regina Monnerat, também foi entrevistada pela reportagem, revelando que a população infelizmente terá que esperar mais um pouco, enquanto a distribuição está sendo organizada.

Como se não bastasse todo esse tempo de espera, serão necessários pelo menos mais três ou quatro meses para que a principal obra da reconstrução fique pronta: a ponte da RJ-116, que caiu e deixou o município dividido ao meio. Foi o que informou o secretário da Reconstrução e ex-prefeito de Bom Jardim Affonso Monnerat, durante a entrevista, feita junto ao principal acesso à cidade, que continua destruído, enquanto a população reclama do ritmo lento das obras. A matéria citou ainda os reparos já feitos na cidade e disse que o mais importante deles, até agora, foi a nova ponte de Santa Teresa, que dasafogou o trânsito na passagem do Exército, no bairro Maravilha. E para manter o trânsito coordenado se torna um problema, já que não há possibilidade de sinal. O jeito é fazer o esquema do 'pare e siga'.

A reportagem também mostrou problemas nos distritos, onde a falta de obras também é motivo de reclamação. Em Banquete a infraestrutura preocupa os moradores, convivem com o medo de uma nova enchente. A situação continua complicada nesses locais, mesmo se a população quisesse apagar da memória, com as marcas da tragédia pelo caminho, não seria nada fácil. Um dos moradores fez questão de apagar as marcas do imóvel da família. A pintura da casa recebeu atenção especial. “A tinta tira a impressão ruim da enchente, da tristeza que nós passamos aqui. Só quem passou por essa situação e vive aqui é que sabe o que passamos”, disse o morador Vinícius Christani.

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