segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Cascata Véu da Noiva ainda não voltou a funcionar

A queda d´água Véu da Noiva, uma das principais atrações turísticas de Nova Friburgo, localizada às margens da RJ-116, entre Bom Jardim e o distrito de Conselheiro Paulino, já não existe mais. Com as chuvas e os deslizamentos de terra ocorridos em janeiro, a cascata artificial – construída em meados do século 20 para escoar o excesso de água canalizada do Rio Bengalas para alimentar as turbinas da usina do Catete - teve o fluxo interrompido porque a tubulação teria sido comprometida, de acordo com informações repassadas pela Energisa, concessionária responsável pela distribuição de energia no município. Informações iniciais indicavam que a cachoeira havia sido “desligada” para evitar que ocorresse algum incidente no bairro Conselheiro Paulino. Segundo o secretario de turismo de Nova Friburgo, Jose Carlos da Motta, o local seria comprometido por um alagamento, caso a queda d´água de 90 metros estivesse funcionando. “Na verdade, ela não foi desligada. O que de fato ocorreu foi que barreiras caíram nas proximidades da usina do Catete, atingindo e interrompendo o canal de adução e, consequentemente, a queda d’água Véu da Noiva”, informou ele.

Ainda de acordo com Motta, a força da água rompeu a represa que estava ao norte da cachoeira, desviando o curso d´água para o outro lado, diminuindo a quantidade que chegava até a cascata. “O Véu da Noiva é uma cachoeira artificial que, com a chuva, teve o seu fluxo de água diminuído. No momento, obras estão sendo realizadas para que o local retorne ao que era antes”, conclui. Informações da assessoria de comunicação da Secretaria de Turismo indicam que uma empreiteira está usando o restaurante localizado próximo à cascata como base para o seu trabalho, entre eles a retirada do excesso de lama. Segundo o órgão, avaliação técnica feita na região revelou que o leito do rio Bengalas – que abastece à cachoeira artificial – subiu um metro no dia 11 de janeiro, aumentando a vazão da água e acelerando sua velocidade, o que poderia comprometer o bairro Conselheiro Paulino. Dados indicavam que a queda d'água, além de atração turística, também era utilizada para geração de energia complementar para a cidade de Nova Friburgo, apesar da Energisa negar que tenha jurisdição sobre a área e do secretario de Turismo também dizer que desconhece a informação.

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