sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Embrapa dá início a sua atuação na região serrana

Convocados pela Secretaria de Agricultura e Pecuária do Estado, os três centros de pesquisa da Embrapa no estado do Rio de Janeiro começaram sua mobilização a fim de recuperar as áreas rurais produtoras e estabelecer um diagnóstico emergencial na região serrana do Rio de Janeiro.

A comissão multinstitucional formada pelo Governo do estado - da qual a Embrapa faz parte - se reuniu no final de janeiro quando foi apresentado diagnóstico das perdas (lavoura, grãos, tratores, animais etc.). No dia 27 passado aconteceu visita da comissão à região. "A atuação se dará em duas linhas: a primeira, composta basicamente por geólogos, tentará entender o processo, como aconteceu essa tragédia. Já a segunda, na qual se insere a Embrapa, vai começar um plano de recuperação do setor produtivo da região", diz a chefe geral da Embrapa Solos Maria de Lourdes Mendonça Santos Brefin (foto).

Após a visita, a equipe de pesquisadores da Embrapa Solos preparou relatório de duas páginas que foi encaminhado para a Secretaria de Agricultura e Pecuária com o posicionamento da instituição e ações emergenciais, de curto e médio prazo.

Como sugestões para atividades a serem concluídas em até 90 dias estão executar diagnóstico visando avaliar a fertilidade, perdas e alteração do solo, análise da suscetibilidade à ação das chuvas, realização de cursos e recuperação das áreas de encostas com deslizamentos e de lavouras que sofreram alterações.

"Esperamos grande envolvimento dos nossos cientistas, especialmente os que já atuavam na região. Na nossa nota técnica apresentamos proposta de manejo e conservação do solo de regiões montanhosas para a produção agrícola", continua a Lourdes.

Num período de dois anos a equipe da Embrapa sugere a execução de um plano de manejo integrado das microbacias (escala 1:25.000) localizadas nas áreas rurais mais afetadas pelas chuvas, instalação de unidades de pesquisa com monitoramento de indicadores de qualidade de solo, água e socioeconômicos e o estabelecimento de políticas de financiamento rural embasadas na adoção de boas práticas agrícolas.

Outros fatores que não podem ser negligenciados são a elaboração da classificação dos solos, avaliação da aptidão agrícola e zoneamento agroecológico (escala 1:25.000) dos municípios, visando embasar programas de desenvolvimento rural sustentável para reordenamento do espaço rural.

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